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8 de dezembro de 2007

Que livro é esse?, por Noga Lubicz Sklar

Promoção inédita no Globo premia com um exemplar de "Eu sei que vou te amar", novo livro de Arnaldo Jabor, as sessenta melhores respostas para a pergunta "Qual a maior loucura que você já fez por amor?" enviadas para o endereço promoglobo@oglobo.com.br.
Vou à Cultura e descubro que não, não é erro do jornal. O livro acaba de ser lançado pela Objetiva, mas uai, gente, não era esse o nome de um filme de Arnaldo Jabor? Que, se não me engano, deu prêmio em Cannes a uma muito jovem Fernanda Torres?
Normalmente o trajeto do livro ao filme se dá na direção oposta, e me acreditem: é a melhor coisa. Ter visto o filme interfere demais na relação muito íntima, quase sexual, que o leitor estabelece com o livro através da imaginação.
Tudo bem que a forma escrita, o ritmo, a escolha da palavra certa e da ordem certa das palavras contribui bastante, o sentir na pele o empenho do autor, o gozo pleno da literatura. Bah. Coisa mais antiga, do tempo assim, digamos, de Flaubert, como muito bem mostra este post do Digestivo Cultural. Porque ninguém tem mais tempo pra isso, fala sério: vinte páginas escritas em um mês? E o mercado, gente? E o mercado? Além do mais, a imposição da imagem hoje em dia é tanta, e tão intensa, que tanto faz a linguagem, e é aí que o livro-depois-do-filme perde um bocado da graça. Pelo menos é o que estou sentindo ao finalmente ler, com considerável atraso, aquele que é considerado um dos melhores romances do século, hum, qual? Vinte e um? (É meio cedo pra isso, né não?) Nele, se realiza a contento a descrição dos personagens, das paisagens e ambientes, a vivacidade da trama, todos brilhantemente traduzidos em filme no maravilhoso "Reparação", baseado no romance homônimo de Ian McEwan - nossa, alguém já me ouviu elogiar um filme assim? Acho que eu estava de bom humor naquele dia ou, no mínimo, muito bem acompanhada, me sentindo bem-amada.==>> LEIA MAIS

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7 de dezembro de 2007

Gastronomia e negócios

Seja qual for o ramo de atuação profissional escolhido, não basta apenas investir na qualidade do produto final ou na aplicação de estratégias que deram certo para outros empresários. É preciso criar uma cadeia de hospitalidade. Estas e outras particularidades da batalha profissional são abordadas por Danny Meyer, no livro Setting the table, que no Brasil será lançado com o título Hospitalidade e negócios - O rei da gastronomia em Nova Iorque conta o segredo do sucesso (Novo Conceito, 272 pp., R$ 39,90 - Trad. Samuel Dirceu). Meyer insere o leitor no contexto de sua história, revelando sua paixão pela gastronomia desde sua infância através da descoberta de novos paladares. Quando jovem, lançou-se no mercado de trabalho exercendo diversas funções que viabilizassem sua permanência durante algum tempo nos mais diferentes lugares do mundo.

[LIVRO RECEBIDO]

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5 de dezembro de 2007

MARCELO BIRMAJER: uma entrevista exclusiva para VerdesTrigos.

VerdesTrigos atravessou a fronteira da lingua portuguesa, é muito lido e acessado por visitantes de lingua espanhola: da Argentina, Uruguai, Paraguai ou Bolivia, entre outros. Motivo pelo qual temos recebido emails de visitantes destes paises amigos, que querem nos conhecer e também dar-se a conhecer. Da Argentina, tivemos a grata satisfação de ler "Histórias de Homens Casados", do escritor Marcelo Birmajer, cujo livro inicia com "Um conto de Natal". Absorvido pela prazerosa leitura, adquiri "El Once", em lingua espanhola, as histórias do bairro de Once, em Buenos Aires, onde se criou Marcelo Birmajer e onde se passa quase a totalidade de sua ficção. Em "El Once", o leitor encontra o retrato deste populoso e singular bairro portenho, tanto do ponto de vista afetivo e pessoal do autor.


Assim, através da jornalista argentina ZaiDe Moz, Verdes Trigos entrevista Marcelo Birmajer:

MARCELO BIRMAJER
EL ARTE DE CONTAR HISTORIAS
Escritor, periodista y guionista, Marcelo Birmajer nació en Buenos Aires un 29 de noviembre de 1966. Muy jóven publicò en el periòdico "Nueva Presencia" y fue corresponsal en Argentina de la revista israelí "Nueva Aurora".

LEIA A ENTREVISTA EXCLUSIVA (em espanhol)

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3 de dezembro de 2007

Triste, denso e belo, por Jeová Santana.

Este ano saí de casa para ver, duas vezes cada, três filmes brasileiros: "Os Dozes Trabalhos" (Ricardo Elias), "O Cheiro do Ralo" (Heitor Dhalia) e "Mutum" (Sandra Kogut). Este, o mais recente, apresenta algumas voltagens emotivas que ainda repercutem e guiam o correr dessas linhas marcadamente impressionistas. Tal escolha não se deve, em princípio, à afinidade com Paulo Emílio Sales Gomes (1916-1977), ensaísta, cinéfilo e contista tardio, cuja obra vem sendo reeditada com o cuidado editorial à altura de seu legado. O autor de "Três Mulheres de Três PPPÊS" afirmou que o filme brasileiro, mesmo ruim (o que não é o caso dos que citei), teria sempre algo a dizer sobre nós, daí preferi-lo a qualquer um feito nos Estados Unidos. Pinçada assim, sem referências contextuais, tal reflexão pode despertar, de saída, alguns pruridos ufanistas, mas sabemos que a produção da (ainda) chamada Sétima Arte em terras americanas, não existe somente na linha de montagem de Hollywood, cujo selo final é impresso todo ano naquela patacoada chamada Oscar. A parcela lá produzida que fica fora do chamado "circuitão" é do conhecimento de poucas retinas. (...)

Para quem está acostumado com esse tipo opção artístitca, dará nos nervos passar 95 minutos, vendo a leitura que a diretora Sandra Kogut, a roteirista Ana Luiza Martins Costa, o fotógrafo Mauro Pinheiro Jr., o sonoplasta Márcio Câmara, entre outros, fizeram para "Miguilim", que integra o livro "Campo Geral", de Guimarães Rosa (1908-1967). O primeiro incômodo vem pelos olhos. Pois os acostumados a viver cercado de prédios por todos os lados, o que torna a palavra "horizonte" apenas um verbete nos dicionários, estranha se vê frente a frente com tanto descampado, logo depois de se sentir na garupa do cavalo que conduz o menino Thiago e seu tio Terez de volta para casa. =>> LEIA MAIS

[Assisti ao filme, na última sexta, no Cine Abril, Conj. Nacional, São Paulo. Ratifico as impressões do Jeová, pois o filme tocou-me profundamente. Tudo bem, o universo roseano me é particular, tenho algo do Miguelim nas veias. No final do filme, chorei. Afinal, pessoalmente, eu conheço destino do menino que deixou a roça, sem enxergar direito, e, partiu. Ele viu o mar, Jeová. Assinado, Henrique]

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DIREITOS HUMANOS, de Marco Mondaini

Hoje estamos acostumados a reivindicar direitos que protegem nossa liberdade e igualdade, garantidos por lei. No entanto, nem sempre eles existiram e garantiram nossa dignidade. Do seu revolucionário surgimento no decorrer dos séculos XVII e XVIII aos dias de hoje, a tradição dos direitos humanos conta com um número significativo de detratores e adversários, pois muitos têm a incapacidade de compreender a fundo seu caráter universal e democrático. Este livro surge entre o crescente interesse pelos direitos fundamentais e suas constantes violações, seja pela falta de informação ou pela discordância acerca de sua eficácia. Abrangente e bem organizada, a obra disponibiliza ao leitor cinqüenta textos e documentos sobre direitos humanos desde seu surgimento até os mais recentes.


O autor
Marco Mondaini é historiador com mestrado pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente é professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF).

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Loja de bonecas II, por T.M. Castro

Em minhas andanças, vi-me, certa ocasião, em uma rua cuja estreiteza bem demonstrava sua secular existência. Em ambos seus lados alinhavam-se pequenos cômodos sob forma de caixas de vidro, vizinhosinconhamente, pegados uns aos outras por paredes de alvenaria. Entre uns e os outros que também se lhes defrontavam, não caberiam mais que dois a três passos do comum caminhar, razão porque o tráfego de veículos era ali vedado ou atéimpossível. Eram as caixas a parte térrea de edificações do século XVIII, com suas típicas janelas estreitas e compridas. Cortinados ao fundo limitavam o espaço envidraçado, vedando ao transeunte observador ter ciência da parte térrea que sobejava à caixa e de escadas de madeira que provavelmente conduziam aos andares superiores , dois ou três. A simetria e mesmismo que imperavam no conjunto eram habilmente disfarçados pelo multicolorido do interior das caixas, pela diversidade física das silhuetas nelas enclausuradas, uma a cada caixa, e pelos atavios, maquilagens e costumes que usavam. Sem dúvida, encontrávamo-nos em uma loja de bonecas de tamanho natural e esta impressão, em tudo real, só se dissipava pelo humano piscar de olhos daquelas quase imóveis criaturas.
Turistas que éramos, já tínhamos ouvido falar que naquela parte de Amsterdã, sua zona antiga, suspeita, vermelha, havia primores de caixas ornadas com veludos, cortinados e chaises longs à Recamier onde belíssimas mulheres, qual bonecas, mui bem maquiladas e vestidas, se expunham ao olhar dos passantes, que se demoravam frente às vitrinas. Significativos gestos e olhares cambiados entre o ser envidraçado e o passante compõem o preambular ritual da mercancia que se travará nas partes posteriores das caixas, cômodos que os postulantes só poderão devassar com seus olhos e corpos quando já admitidos clientes ou fregueses. =>>> LEIA MAIS

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Obra sobre papa peca por exageros

Folha de S. Paulo - 01/12/2007 - por Leandro Beguoci
A editora Planeta lança no Brasil O poder e a glória (Planeta, 597 pp. R$ 54,90) de David Yallop, espécie de biografia não-autorizada do pontificado de João Paulo 2º, e reacende a discussão sobre o lado obscuro do Vaticano. Como dizia Antônio Vieira em 1655, no "Sermão da Sexagésima": "Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras. A nossa alma rende-se muito mais pelos olhos do que pelos ouvidos". É dessa fórmula que o autor, o jornalista inglês (e católico) David Yallop, 70, tenta se valer - basta que se troque "obras" por "informações". Ele pesquisou durante 17 anos arquivos da CIA, do Vaticano e do governo dos EUA para mostrar como a Igreja Católica protegeu pedófilos e deu apoio a ditadores durante os 27 anos do pontificado de João Paulo 2º - aclamado santo após a morte. >> Leia mais

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Festa de Paraty tem novo diretor

Folha de S. Paulo - 01/12/2007 - por Sylvia Colombo
A Festa Literária Internacional de Paraty terá um novo diretor de programação para sua sexta edição, em 2008 (ainda sem as datas definidas). Trata-se do jornalista Flávio Moura, em substituição a Cassiano Elek Machado, que organizou a Flip deste ano. Moura é editor da revista do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e fez parte da equipe de editorialistas da Folha entre 2005 e 2006. Ele será o quarto diretor da festa. As duas primeiras foram organizadas pelo jornalista Flávio Pinheiro, as duas seguintes pela editora Ruth Lanna e a mais recente, por Machado. "Achei bacana o convite e quero manter o alto nível das Flips dos anos anteriores", diz Moura. Um dos objetivos para o próximo ano, adianta, será o de abrir o leque de convidados de outros países. >> Leia mais

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Juan Gelman ganha o Cervantes

O Prêmio Cervantes, um dos mais importante da língua espanhola, deste ano foi para o argentino Juan Gelman. Ele é o quarto argentino a receber este prêmio, juntando-se agora a Jorge Luis Borges (1979), Ernesto Sábato (1984) e Adolfo Bioy Casares (1990). O Prêmio Cervantes é concedido pelo ministério da Cultura da Espanha ao conjunto da obra de um escritor, que também recebe 90 mil euros. Segundo o jornal Clarín, o poeta expressou que a nomeação “é algo que comove, porque é o Cervantes”. Ele também afirmou que está “muito emocionado pela lista de candidatos, figurando nela muitos bons amigos, entre eles  Blanca Varela, Mario Benedetti, José Emilio Pacheco”.

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Ano Machado de Assis

Foi assinado no último dia 28 de novembro um acordo entre o Ministério da Cultura e a Academia Brasileira de Letras para o desenvolvimento de ações conjuntas para o Ano Nacional Machado de Assis, em 2008. No ano do centenário de morte do escritor, estão programados seminários, conferências, exposições sobre Machado e sua obra, além do lançamento de edições populares e coletâneas comemorativas. Segundo o coordenador-geral de Livro e Leitura do MinC, Jéferson Assumção, "o centenário da morte de Machado de Assis é momento para se revisitar e iluminar um tesouro e, também, para colocarmos perguntas fundamentais à sociedade brasileira sobre nossa literatura e nossa cultura."

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Livros gratuitos

Um clube de livros na Internet, cujos membros cultivam a prática de deixar um livro em um local público para ser pego e lido por outros. Esse é o BookCrossing.com, que registra os livros e coloca uma identificação neles antes desta ação de incentivo à leitura. O leitor que encontrá-lo também deve fazer um registro, informando aos demais que o livro está em suas mãos. Com isso, é possível rastrear o trajeto dos exemplares, com os membros do BookCrossing.com formando uma comunidade virtual de leitores, onde podem trocar idéias sobre os livros que leram. O projeto integra o Eixo 1 (Democratização do acesso) do PNLL.

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2 de dezembro de 2007

Parceiros: os que mais trouxeram visitantes ao VerdesTrigos

Meus agradecimentos aos parceiros que trouxeram visitantes ao VerdesTrigos em novembro/2007. Nesta ordem:

http://verdadeabsoluta.net
http://www.blogcronicas.com
http://www.ligia.tomarchio.nom.br
http://www.glorinhacohen.com.br
http://www.mundodosfilosofos.com.br
http://www.veropoema.net
http://www.pletz.com
http://www.educacional.com.br
http://www.divulgalivros.org
http://www.noelnetblog.blogspot.com
http://www.distincards.com
http://www.letraselivros.com.br
http://consultoriopsico.blogspot.com
http://errudito.blogspot.com
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PARA ALIVIO DOS IMPULSOS INSUPORTAVEIS

Dov Binyamin não sabia mais o que fazer. Apesar de todos os apelos, sua mulher recusava-se terminantemente a dividir a cama com ele. O problema já se arrastava por semanas. Quanto mais Chava Bayla o rejeitava, mais Dov desejava estar ao seu lado. Disposto a salvar seu casamento a qualquer custo, Dov Binyamin decide, então, ouvir os conselhos do sábio rabino de sua comunidade, que lhe recomenda mais e mais paciência. Mas como resistir às tentações carnais comuns a todo ser humano? Para alívio dos impulsos insuportáveis, o rabino tem uma sugestão nada convencional - Dov Binyamin deve procurar imediatamente uma prostituta. Esta é a história que empresta seu nome ao livro de estréia do jovem escritor judeu-americano Nathan Englander, que chega agora às livrarias do país pela editora Rocco. Aclamado pelo público e pela crítica especializada dos Estados Unidos, Para alívio dos impulsos insuportáveis reúne nove contos sobre o fascinante universo da religião judaica, em uma linguagem apropriada tanto para especialistas quanto para os não-iniciados.

Escrito quando Englander tinha apenas 29 anos, o livro reúne histórias universais e irreverentes sobre o sisudo universo judeu ortodoxo. A coletânea de contos ganhou o PEN/Faulkner Malamud Award e fez de seu autor um dos selecionados pela revista The New Yorker como um dos 20 escritores mais promissores do século que se inicia. Englander viaja no tempo para construir histórias de amor, desilusão e heroísmo, desfazendo estereótipos e trazendo à tona conflitos internos nunca antes revelados ao grande público. No conto que abre o livro, O vigésimo sétimo homem, ele conduz os seus leitores até a antiga União Soviética, lembrando a perseguição de Stalin aos escritores judeus. Sem perder o bom humor, característico de sua obra, o autor recria um universo mágico em que a esperança nunca é derrotada pelo horror da guerra. A prova está no conto seguinte, Os acrobatas, que narra a trajetória de prisioneiros judeus que fogem da morte disfarçados de artistas de circo. O improviso e a imaginação, ele parece recordar, já salvaram a vida de muitos judeus ao longo dos anos. Mas Englander não escreve somente sobre o passado. Em A reunião e A peruca, o jovem escritor judeu mergulha fundo no cotidiano das comunidades ortodoxas de seu tempo, revelando os conflitos entre a tradição e a modernidade, com personagens que imediatamente despertam a simpatia e a curiosidade dos leitores. Como Charles Morton Luger, protagonista de O gilgul da avenida Park, que descobre de um dia para o outro ser portador de uma legítima alma judia. Ou mesmo Rabi Yitzhak, em O Rabi Noel, um senhor judeu de barba branca que faz as vezes de Papai Noel durante o Natal. As mulheres também ocupam papel de destaque na literatura de Nathan Englander. Em O último descartável, uma jovem senhora chamada Gitta, integrante de uma comunidade ortodoxa, luta para conseguir o divórcio depois de 18 dolorosos anos de espera. O livro se encerra com um conto dramático sobre a atual sensação de insegurança em Jerusalém. Em essa é a nossa sabedoria, Englander reproduz a tensão dos judeus israelenses em meio às bombas que explodem por toda a parte. Mais uma vez o autor convida seus leitores a uma viagem para além do senso comum.

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O reincarnado da Avenida Parque*, por Noga Lubicz Sklar

Nathan Englander merece o benefício da dúvida, e não só por ser este gato aí da foto. Desculpem. Nunca antes aqui no Noga Bloga publiquei a foto de um autor, mas esta estava lá, dando pinta no artigo do San Francisco Chronicle, pedindo pra ser usada. Não resisti, dá pra entender porquê. Nathan Englander merece o benefício da dúvida por ter publicado seu primeiro livro aos 29 anos (nos EUA, em 1999) - esses contos que acabei de ler e que podem ser resumidos numa única constatação: o texto não faz por merecer o excelente título, "Para alívio dos impulsos insuportáveis" -, e ter recebido por ele não sei quantos prêmios, a ponto de ser considerado pela mídia um rock-star da literatura. Nathan Englander merece o benefício da dúvida por ter tido seu primeiro romance, publicado este ano, na lista dos 100 melhores livros de 2007 do New York Times. Não é pouca coisa.
Nathan Englander se acredita intenso, brilhante, e além de tudo isso, a reincarnação da literatura iídiche, intensa e brilhante, de Isaac Bashevis Singer e Bernard Malamud. A coisa é tão óbvia que depois de ter comentado com o Alan que o cara pretendia ser o novo BS ou BM dei de cara com o mesmo tipo de comentário na resenha do New York Times.  ===> > >  + + + + +

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Antologia reúne 53 contos sobre vampiros

O Livro Negro dos Vampiros é o mais recente lançamento da Andross Editora. Liz Marins, Octávio Cariello, Helena Gomes e Kizzy Ysatis são alguns dos autores que apresentam seu olhar sobre um dos mitos mais populares da história. A organização é do escritor Cláudio Brites, que analisou pouco mais de 300 contos durante oito meses para chegar aos 53 selecionados. Há autores de vários estados brasileiros e também de Portugal.

Em todas as culturas, desde a noite dos tempos, existiu algum tipo de vampiro, mas somente a partir do século XVIII o mito adquiriu certa notoriedade na sociedade ocidental ao entrar em contato com a literatura. Seu arquétipo, como conhecemos hoje, foi sendo construído através do século XIX pelas mãos de diversos escritores.

Os amantes do gênero ganham, a partir deste mês, um prato cheio para saciar sua sede de sangue: O Livro Negro dos Vampiros (Andross Editora, 288 páginas, R$ 29).

Com lançamento marcado para dia 16 de dezembro, a obra reúne 53 contos de novos autores, selecionados criteriosamente, e também de alguns escritores do gênero exclusivamente convidados para encabeçarem a obra e darem boas-vindas aos estreantes.

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Entrevista com o escritor Moacyr Scliar

Ademir Pascale: Como foi o início da sua trajetória como escritor?
Moacyr Scliar: Comecei a escrever desde criança; minha mãe, professora, alfabetizou-me e estimulou-me a ler. Meu pai, por outro lado, imigrante como minha mãe, era um grande contador de histórias e foi dele que adquiri o prazer da narrativa que, seguindo o exemplo de Monteiro Lobato e de Érico Veríssimo eu queria colocar no papel. Minhas primeiras histórias eram contos infantis; a entrada na Faculdade de Medicina ampliou o horizonte de minhas experiências e foi na Faculdade que publiquei meu primeiro livro de contos.
Ademir Pascale: Qual a causa da escolha pela Medicina?
Moacyr Scliar: Foi uma motivação diferente daquela que me levou à literatura. Em criança eu tinha muito medo de doença. Eu não tinha medo de ficar doente, não era, e não sou, hipocondríaco; mas quando meus pais adoeciam eu entrava em pânico. Por causa disso comecei a me interessar por doenças e pela medicina o que me levou a esta carreira que foi e é uma fonte permanente de gratificações. + + + +

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Porque fazer mestrado em Israel?

Tathiana B. Boukai, 30 anos, arquiteta formada pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e Natalie Vaisman, 22, microbiologista formada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) são mestrandas em Israel. Tathiana estuda no Technion de Haifa, e está na fase final de sua tese cujo tema é sobre as Estruturas Retráteis com Uso de Membranas, o que a levou para a área da Engenharia Portuária. Enquanto isso, Natalie completa a primeira semana de aula de seu novo curso, Biotecnologia, da Universidade Hebraica de Jerusalém, pois ela quer estudar as bactérias do Mar Morto. 

Segundo uma publicação inglesa do "The Times Highter Educaction Supplement" de 2006, entre as 200 melhores universidades do mundo, três delas são israelenses.

Obviamente, não foi apenas devido a essa informação que as duas jovens cariocas decidiram vir morar em Israel, mas também pelo amor ao sionismo (Daniela Nelstein, Exclusivo de Jerusalém)  Leia a matéria completa.

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"Da legião sem nome", por Chico Lopes.

Eles se reúnem, os insones, em torno de uma mesa de bar, num canto apertado onde claro e escuro se alternam. Eles, os que nunca conseguiram dormir cedo, embora nada encontrem na rua. Eles, os últimos a sair de qualquer bar, jamais convencidos da impossibilidade que não cessa de ser comprovada, evidência após evidência. Eles, os derradeiros crentes.
Não, não são a raça eleita, os escolhidos da Noite, dignos de uma atenção maior do Destino apenas porque mais ansiosos de vida. Essa crença é ingênua, antiga muleta dos que se organizam em rancoroso rebanho para desdenhar de outros rebanhos, opondo seitas a seitas, formando minoria apaixonada para defender pontos de vista sem defesa - pois tudo é discutível - com uma histeria que tenta compensar a fragilidade de tudo pelo excesso de gritos. + + + +

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Sobra sexo em livro de cuiabano, por Rodrigo Capella.

O filme francês Ils ("Eles"), dirigido por David Moreau e recém-chegado ás locadoras, é assustador. Uma verdadeira pancada no cérebro e mensagens subliminares percorrendo todas as cenas como se fizessem parte de algo maior. Uma história despretenciosa que tira qualquer um do sério e faz qualquer um ficar sério.
Na mesma linha de temática e proposta, com uma dose extra de requinte, o livro de contos 8ito, do cuiabano Danilo Fochesatto, também nos deixa inquieto, logo nas primeiras linhas: "uma chuva fina fazia do ar, ar rarefeito, ar cativante e úmido. Bocas-de-lobo gorgolejavam. Havia chovido. Com ímpeto".

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Annapolis termina com esperança de paz


Há 60 anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Resolução 181, partilhando o Mandato da Palestina em dois Estados, um judeu e um árabe. A comunidade internacional concluiu que essa seria a melhor maneira de conciliar os anseios de dois povos pelo mesmo pequeno pedaço de terra. Entre os 33 votos favoráveis, Brasil incluído, estavam as duas superpotências emergentes. Os países árabes, em bloco, votaram contra.

A resolução propôs fronteiras entre os dois novos países que presumiam uma intensa cooperação entre judeus e árabes. Previa ainda o estabelecimento de uma “União Econômica”, cuja administração ficaria em Jerusalém, a qual seria um enclave administrado pela ONU. A liderança da comunidade judia na Palestina aceitou o plano. Os países árabes o rejeitaram em bloco. Em vez de se organizarem para estabelecer seu Estado, foram impregnados pela pregação de abortar o nascimento do Estado judeu. Com a declaração da independência de Israel, em 48, o novo país foi imediatamente atacado. Seu incipiente Exército conseguiu resistir e, após meses de combates sangrentos, repeliu a invasão e ampliou suas fronteiras.

A tragédia palestina não foi a criação de Israel, mas sim a rejeição ao Estado judeu. Cerca de 750 mil palestinos foram deslocados pela guerra para acampamentos de refugiados nos países vizinhos. Boa parte deles e seus descendentes lá vive em condições miseráveis. Até 1979, prevaleceu um absoluto e unânime repúdio à existência de Israel. O bloqueio começou a ruir com o tratado de paz do país com o Egito. Em seguida, veio a paz com a Jordânia. Os acordos de Oslo, entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) marcaram o reconhecimento mútuo dos direitos nacionais dos dois povos.

A Conferência de Annapolis, na semana passada, pretendia repetir a fórmula de partilhar a antiga Palestina entre árabes e judeus. Não apresentou propostas concretas para os principais pontos de discórdia, mas pode ser o ponto de partida para um processo decisivo. A presença de representantes de países árabes que ainda não mantêm relações com Israel – notadamente a Síria – e a aceitação da criação de um Estado Palestino pela vasta maioria dos israelenses são sinais de que a paz no Oriente Médio pode agora se realizar. (MOISÉS STORCH, Coordenador dos Amigos Brasileiros do PAZ AGORA)

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Palestinos voltam a sonhar com Estado

Reunião em Annapolis termina com promessas de concessão por parte dos israelenses, mas ceticismo ainda é forte

Uma conferência fadada ao fracasso. Era o que se dizia sobre a cúpula de Annapolis, EUA, que, na terça-feira, reuniu líderes de 54 países e organizações para retomar um assunto deixado de lado desde 2003: o conflito palestino- israelense. Contrariando os pessimistas, o premiê de Israel, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, prometeram chegar a um acordo de paz até o fim de 2008. A viabilidade prática da decisão, contudo, segue obscurecida pela divisão interna palestina e pela impopularidade de ações israelenses que precisarão ser levadas a cabo.

Sob a tutela de George W. Bush, o líder do Fatah e o premiê de Israel se comprometeram a realizar reuniões periódicas. Abbas disse ontem que a Conferência de Paz alcançou seu "objetivo" ao relançar as negociações entre israelenses e palestinos. Ele informou que um comitê será instalado na perspectiva de que as negociações comecem no próximo dia 12 e incluam os temas mais sensíveis, que são as fronteiras do futuro Estado palestino, o estatuto de Jerusalém e o destino dos refugiados palestinos. Israel, no entanto, ainda não mencionou os assentamentos de colonos na Cisjordânia e o direito de retorno de refugiados palestinos. (GLÓRIA PAIVA)

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Uma editora que resiste há 20 anos

O Estado de S. Paulo - 01 dezembro 2007

A paulistana Iluminuras, fundada em 1987, lançou nomes como Ricardo Piglia e Alan Pauls sem fazer concessões ao mercado
Uma editora que publica Beatriz Sarlo, Robert Arlt, Friedrich Hõlderlin, Heinrich Heine e chega aos 20 anos sem fazer concessões é uma raridade no mercado brasileiro. Por essa e outras razões a paulistana Iluminuras, que comemora duas décadas de existência, é considerada uma editora de resistência - isso numa época em que grandes editoras fecham negócios às cegas na feira de Frankfurt, sem considerar o conteúdo dos livros que compram, ou perdem totalmente a identidade ao serem incorporadas por outros grupos editoriais. A editora, fundada pelo literato argentino Samuel Leon e pela historiadora brasileira Beatriz Costa, sempre foi cuidadosa ao escolher seus autores e tradutores , publicando menos de 500 títulos nesses 20 anos.
Entre os escritores lançados no Brasil pela Iluminuras hoje estão nomes consagrados como os dos argentinos Ricardo Piglia (A Invasão) e Alan Pauls (O Passado), para citar apenas dois estrangeiros. Um autor brasileiro do mesmo nível e publicado pela editora, o pernambucano Raimundo Carrero (O Amor Não Tem Bons Sentimentos) é outro exemplo dacriteriosa seleção do time. Seu novo livro deve ser publicado em 2008 pela Iluminuras, que promete títulos fundamentais de filosofia e poesia, dois outros segmentos privilegiados no catálogo. O ano começa com um ensaio da maior crítica literária argentina contemporânea, Beatriz Sarlo, sobre o mais conceituado autor de seu país, Borges, um Escritor na Margem. Outros títulos programados para o próximo ano traduzem a seriedade da dupla fundadora. Um deles é a tragédia inacabada do poeta-filósofo alemão Hõlderlin, Der Tod des Empedokles (A Morte de Empedocles). Outro é Die Gõtter im Exil (Os Deuses no Exílio), de Heine, com tradução do filósofo Márcio Suzuki, fiel colaborador da editora. Entre os contemporâneos, o destaque fica com O Homem das Peles, do psicanalista e romancista Luis Gusmán, um dos grandes nomes da literatura argentina, também introduzido no Brasil graças ao editor Samuel Leon.

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Link permanente··- publicado por VerdesTrigos @ 12/02/2007 02:10:00 PM | | | Voltar

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