Sábado, 6 de Setembro de 2008

Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico

É com grande satisfação que comunicamos o lançamento, on line, do terceiro número da Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG (ISSN 1982-3053) no site do NEJ: http://www.ufmg.br/nej/am/intro/index_n3.html.

Nesse número, dedicado a Frieda e Egon Wolff, publicamos o dossiê: Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico. Recebemos colaborações excelentes do Brasil e da Argentina. Confiram o sumário:

SUMÁRIO
*
Dedicatória
* Agradecimentos
* Kabalah: o estranho, o mágico e o maravilhoso no arquivo cultural judaico
   Lyslei Nascimento - UFMG
* Artigos
A teratologia múltipla: Robert Bloch e o seu bestiário
Alcebíades Diniz Miguel - UNICAMP
Do Golem ao analisante: o analista não é um Baal Shem
Franscisco José Bezerra dos Santos - ELF
Dibuk: um autor, um tema, uma peça
Jacó Guinsburg - USP
Resistência e renovação: a escrita e a comida em Cíntia Moscovich
Julia Nascimento Santos - UFMG
Vívien Gonzaga e Silva - UFMG
O Aleph, Beatriz e a Cabala em Jorge Luis Borges
Lyslei Nascimento - UFMG
O Hassidismo na visão de Martin Buber
Renato Somberg Pfeffer - FUMEC
Gabriella Grossi Daher - FUMEC
Aviziboa: uma feiticeira judia de Torres Vedras de 1492
Reuven Faingold - FAAP
La cábala y la travesía del mal
Ricardo Forster - UBA
A literatura no espelho: "Parábola do filho e da fábula"
Saul Kirschbaum - USP
Um Golem na Dinastia de Bragança: O Último Suspiro do Mouro, de Salman Rushdie
Telma Borges - UNIMONTES
Considerações sobre a pseudepigrafia religiosa na Antigüidade
Vicente Dobroruka - UNB
* Entrevista
Sofia Débora Levy entrevista Frieda Wolff
UFRJ
* Contos
El testigo
Ana María Shuah
A lagosta judia
Heloisa Pait
* Crônica
Cabala e Modernidade
Moacyr Scliar
* Poema
3 variaciones sobre el silencio
Alfredo Schechtman
* Resenhas
Por detrás da cortina
Cláudia Maia - UFMG

Demônios no Shtetl

Filipe Amaral Rocha de Menezes - UFMG
Lilit, Golem e outros seres imaginários
Luciara Lourdes Silva de Assis - UFMG
*Arte
Frente al Aleph
Mirta Kupferminc
Un punto en el espacio
Mirta Kupferminc
Rabi Low
Vlad Eugen Poenaru - UFMG

O apoio e a ajuda dos colaboradores, dos pareceristas e da equipe do CEDECOM da UFMG foram indispensáveis. Agradecemos, ainda, à Diretoria da Faculdade de Letras, à Câmara de Pesquisa e ao Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários.

Aguardamos sua visita e solicitamos a divulgação dessa edição. Convidamos, ainda, pesquisadores, escritores e artistas a colaborarem no próximo número que terá como tema "Humor, Ironia e controvérsia no arquivo da cultura judaica". A data-limite para envio de trabalhos é 23 de dezembro de 2008. A ementa e as normas editoriais estão disponíveis no seguinte endereço: http://www.ufmg.br/nej/modules/content/index.php?id=58. Outras informações: lyslei@ufmg.br.

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Domingo, 27 de Abril de 2008

A turba do 'pega e lincha', por Contardo Calligaris

Outro dia passei duas horas em frente à televisão. Não adiantava zapear: quase todos os canais estavam, ao vivo, diante da delegacia do Carandiru, enquanto o pai da pequena Isabella estava sendo interrogado. O pano de fundo era uma turba de 200 ou 300 pessoas.
Permaneceriam lá, noite adentro, na esperança de jogar uma pedra nos indiciados ou de gritar "assassinos" quando eles aparecessem, pedindo "justiça" e linchamento.
Mais cedo, outros sitiaram a moradia do avô de Isabella, onde estavam o pai e a madrasta da menina. Manifestavam sua raiva a gritos e chutes, a ponto de ser necessário garantir a segurança da casa. Vindos do bairro ou de longe (horas de estrada, para alguns), interrompendo o trabalho ou o descanso, deixando a família, os amigos ou, talvez, a solidão - quem eram? Por que estavam ali? A qual necessidade interna obedeciam sua presença e a truculência de suas vozes?

“Os alemães que saíram para saquear os comércios
dos judeus na “Noite de Cristal” faziam isso porque
queriam sobretudo afirmar sua diferença"

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Segunda-feira, 14 de Abril de 2008

Livro sobre as relações entre catolicismo e judaísmo é apresentado no Vaticano

O livro "Judeus, irmãos mais velhos" foi apresentado no Vaticano. A obra, do padre Santino Spartá, reúne discursos de João Paulo II e Bento XVI sobre as relações entre catolicismo e judaísmo.

Nascido em Catania, na Sicília, o autor é formado em teologia e jornalismo e atua como consultor cinematográfico. Poeta e comunicador, colabora com a Rádio Vaticano e com a RAI, Televisão de Estado italiana e recebeu duas vezes o “Prêmio Literário da Presidência do Conselho Italiano”.

Segundo Gian Maria Vian, diretor do jornal L’Osservatore Romano, o livro "permite retornar às fontes recentes que abriram caminho para a evolução no relacionamento entre católicos e judeus". Durante a apresentação da obra, ele lembrou que "o diálogo entre as duas confissões, com a conseqüente superação do 'antijudaísmo', começou a acelerar depois da tragédia do Holocausto. Todavia, a máxima expressão desta aproximação se verificou durante o pontificado de João Paulo II, quando judeus e católicos começaram não apenas uma relação de amizade, mas, sobretudo, um diálogo religioso".

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Domingo, 16 de Março de 2008

No gueto de Bedzin

O diário de Rutka
Autora: Rutka Laskier
Título original: Pamienik, Rutki Laskier
Tradução: Maria Milewska Rodrigues
Editora: Sextante
N.º de páginas: 74
ISBN: 978-989-8093-38-7
Ano de publicação: 2007

A primeira coisa a fazer diante deste voluminho é não o reduzir a mais uma variação do Diário de Anne Frank, por muito semelhantes que sejam as vidas de Rutka Laskier e da judia alemã que vivia escondida num anexo secreto, em Amsterdão. Se ambas escreveram sobre o terror do nazismo — nunca deixando de registar os típicos dilemas psicológicos das adolescentes — e se ambas morreram em campos de concentração (Anne Frank em Bergen-Belsen, aos 15 anos; Rutka em Auschwitz, aos 14), o certo é que também há grandes diferenças entre as duas.
Para começar, o diário de Frank cobre quase dois anos de vida na clandestinidade (1942-44), enquanto as entradas no caderno de Laskier vão apenas de Janeiro a Abril de 1943. Depois, o testemunho da alemã foi publicado em 1947, logo após o fim da guerra, tornando-se um dos mais populares livros sobre o Holocausto, traduzido em 67 línguas. Já o diário da rapariga polaca ficou escondido debaixo do soalho duplo de umas escadas, num prédio do antigo gueto judeu da cidade de Bedzin, durante mais de 60 anos, sendo apenas descoberto, lido e publicado em 2006.
Desengane-se, porém, quem pensar que o livrinho de Rutka é uma espécie de amostra do que se encontra, mais desenvolvido, nos escritos da outra mártir. Se as preocupações são as mesmas, o estilo diverge. Não há aqui nada que se pareça com o “Querida Kitty” e o tom é muito mais seco, objectivo, pouco dado a arroubos sentimentais. Rutka tem noção de que está no inferno, de que o cerco se vai apertando e de que dificilmente sobreviverá a uma guerra cuja evolução militar mostra conhecer bem. Se escreve, é para deixar um registo — como quando narra com grande detalhe, seis meses após os factos, uma Aktion de deportação feita pelos nazis sobre os judeus de Bedzin, em Agosto de 1942.
O mais arrepiante neste notável documento humano é a forma como Rutka alterna entre o relato dos pesadelos do gueto e as coscuvilhices do seu círculo de amigos, que reflectem o brusco desabrochar da puberdade. A 6 de Fevereiro, por exemplo, escreve estas linhas terríveis: “Algo em mim se destruiu. Quando passo ao pé de um alemão, tudo em mim se contrai. Não sei se é por medo ou por ódio. Queria poder torturá-los, e às suas mulheres e aos seus filhos, (…) estrangulá-los vigorosamente, mais e mais ainda.” Logo depois, ainda no mesmo parágrafo: “Acho que a minha feminilidade acordou dentro de mim.” E descreve como sentiu pela primeira vez, durante o banho, a força do impulso sexual.

Avaliação: 7/10 - [Texto publicado na revista Time Out Lisboa]

Via: Bibliotecário de Babel , + uma dica do sempre atento Alfredo Aquino.

LINK RELACIONADO
Diário de garota judia vem à tona após 60 anos

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Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008

Yad Va’ed – A Marcha do Hillel

O crescimento, nos anos recentes, do novo anti-semitismo criou entre os universitários judeus cariocas uma genuína necessidade de estudar a Shoá (Holocausto) e seu significado, tanto no contexto da história judaica como sob o enfoque da identidade judaica no mundo atual. Dificilmente, os estudantes universitários judeus do Rio têm o conhecimento necessário sobre a Shoá para responder publicamente, em nível intelectual, às provocações anti-semitas que fazem uso deturpado do tema.

Yad Vaed é um projeto conjunto do Hillel Rio e da Agência Judaica de Israel que visa proporcionar aos estudantes universitários judeus cariocas um curso de alto nível acadêmico sobre a Shoá. Os participantes serão dotados de uma bagagem de valores e conhecimento que os ajudará quando estiverem em posições de liderança na comunidade. Além disso, parte do programa envolve um comprometimento em participar em projetos educacionais do Hillel ligados ao tema Shoá.

MAIS INFORMAÇÕES

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Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008

Arquivo Virtual de Filmes Judaicos de Steven Spielberg

O site do Arquivo Virtual de Filmes Judaicos de Steven Spielberg, situado na Universidade Hebraica de Jerusalém, foi inaugurado há duas semanas e já está on-line.

Cerca de 400 filmes, que relatam a história do povo judeu no período anterior ao Holocausto, podem ser acessados gratuitamente.

Via ESTUDOS JUDAICOS

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Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008

Lição de Cidadania

"A FIERJ, Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro acaba de mostrar ao mundo como deve agir um grupo organizado num país democrático para garantir seus direitos através da utilização da justiça.

Num primeiro momento, insatisfeita com o procedimento da Escola de Samba “Unidos do Viradouro”, a FIERJ conversou até a exaustão, através de seu presidente. Em todos os diálogos, nenhuma informação geral sobre o tal carro alegórico da discórdia foi oferecida pelo carnavalesco ao representante dos judeus. Escondeu-se nas conversas, a existência de um “Hitler” fantasiado que sambaria sobre o tal carro da discórdia.

A FIERJ foi parar na justiça e obteve a liminar que impediu tal absurdo. Muita gente vai dizer que os judeus mandam na justiça. Mentira. Direito atacado deve ser defendido. E, garantido pelo judiciário. Seja quem for o reclamante. Essa é a única fórmula de igualdade que existe na democracia. A organização de grupos de pressão social, a competência para exigir direitos e a coragem para exercer com plenitude a cidadania.

Que esse exemplo sirva de norte para todos que se sentem esbulhados naquilo que para si, são direitos inalienáveis e que para a justiça, devem ser garantidos. Um Brasil melhor para nossos filhos depende da nossa coragem para agir pela garantia da tranqüilidade que ninguém tem o direito de lesionar.

Parabéns a Sérgio Niskier e aos seus diretores que acabam de dar um belo show mundial, no carnaval do Rio de Janeiro". (Ronaldo Gomlevsky)

LINKS RELACIONADOS

  1. Judge bans Holocaust float, 'Hitler' in Rio's carnival
  2. ''Caso Viradouro'': liminar concedida
  3. Holocaust-themed Rio Carnival float causes strain
  4. O samba e o Holocausto

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Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2008

''Caso Viradouro'': liminar concedida


O Departamento Jurídico da FIERJ, dirigido pelo Dr. Jackhson Grossman, conseguiu liminar que proíbe, durante o desfile da Viradouro no Sambódromo, a exibição de fantasias de Hitler e de corpos representando vítimas do Holocausto. De acordo o advogado Ricardo Brajterman, do escritório do Dr.Sergio Bermudes, responsável pela causa, o Holocausto é uma tragédia de toda a Humanidade: "É preciso lembrar que o genocídio promovido pelos nazistas matou ciganos, negros e deficientes, além de judeus. Assim, é um fato histórico que interessa a todos".
De acordo com o advogado Ricardo Brajterman, a Federação Israelita do Rio entrou com o pedido de liminar, na madrugada desta quinta-feira, no plantão judiciário, depois de ler a sinopse do desfile da Viradouro, no site da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), na noite de quarta-feira (30). Os representantes da federação ficaram indignados quando constataram que um destaque representando Hitler viria num carro com esculturas de pessoas mortas, nuas, empilhadas.
A decisão da juíza também prevê multa de mais R$ 50 mil se algum membro da escola entrar na avenida vestido de Hitler.
O desfile da Viradouro, "É de arrepiar", estava previsto para levar à avenida oito carros, segundo a sinopse dos desfiles divulgada pela Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio). Além do Holocausto, os carros trariam temas supostamente ligados ao arrepio, como o frio, o nascimento e o Kama Sutra --tema de um carro que viria antes do carro sobre a matança de judeus--, e baratas, que viria depois.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u368623.shtml

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Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2008

O Brasil e o Holocausto


Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
na cerimônia alusiva ao "
Dia Internacional em Memória das
Vítimas do Holocausto
", ocorrida no Palácio do Itamaraty (RJ).

“Penso que só seremos capazes de rejeitar, combater
e aplacar todo tipo de intolerância se formos sábios
o suficiente para semear nos corações e mentes a
repulsa ao ódio, à violência e à desumanidade”

“Mais do que reverenciar os heróis, é preciso
incorporar à nossa atuação cotidiana as lições que
eles nos legaram. Só assim será possível impedir que
se repitam os horrores da II Guerra Mundial”


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O samba e o Holocausto

Ao decidir abordar o tema Holocausto no Carnaval, através de um carro alegórico com uma pilha de corpos de judeus vitimados nos campos nazistas, a Escola de Samba Viradouro suscitou polêmica sobre a liberdade de criação artística. A celeuma foi amplificada com o artigo do jornalista Adriano Silva, publicado esta semana na revista Época, que assim se manifestou: "Quem tem de decidir se o Holocausto é ou não é um tema afeito ao Carnaval são as escolas e os carnavalescos - não a Federação Israelita ou qualquer outra instituição. Os judeus não são os donos do Holocausto".
O assunto mereceu imediata e veemente reação de Sergio Niskier, presidente da FIERJ: "Não tem nenhum sentido tratar desse assunto com baterias e mulatas, quando ainda existem sobreviventes daquele horror que trazem na pele a marca dessa tragédia".

"Dissemos claramente que a forma encontrada
agrediria pessoas ainda vivas, que passaram pelo inferno
nazista, muitas delas vivendo aqui no Brasil. Chamamos a
atenção que lembrar do Holocausto de uma maneira

Já na sexta-feira (dia 04 de fevereiro), a partir do meio-dia, o programa "Vibração", veiculado na Rádio Haroldo de Andrade (1060 AM), levará ao ar entrevistas com o carnavalesco Paulo Barros, da Viradouro, e com o presidente da FIERJ, Sérgio Niskier, a respeito deste episódio. Para ouvir pela Internet, basta clicar aqui no horário marcado.

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Domingo, 27 de Janeiro de 2008

Árvore de Anne Frank escapa à serra elétrica

As árvores morrem de pé. Com dignidade. Mesmo que tenham entre 150 e 170 anos, 27 toneladas e um fungo letal que lhe corrói os "ossos". É o caso do castanheiro de Anne Frank, bem no centro de Amesterdam - a árvore que a jovem holandesa judia mirava, quando escondida, durante 25 meses, num sótão, com a família, para fugir à insanidade nazi (1939-45). Podem aqueles troncos ser história? História? Podem. E assim o entendeu um grupo de empenhados cidadãos holandeses, que, depois de a hipótese ser aventada em 2007, mobilizou esforços nacionais e internacionais para impedir a morte da árvore, com recurso à serra elétrica. Espécie de meu - dela - pé de laranja lima, ao qual tudo se desabafa, mas numa versão real e trágica (Anne acabaria por morrer no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha), o castanheiro foi salvo *in extremis*. Ao contrário da sua menina, cujos dias alegrava, e que acabaria por morrer vítima de tifo. Mantê-la viva durante, pelo menos, mais cinco, dez, 15 anos, no máximo, vai custar caro, mas não têm preço estas palavras:

«Quase todas as manhãs vou ao sótão tirar a poeira dos meus pulmões. Do meu lugar favorito no chão, olho para o céu azul e o castanheiro desfolhado, em cujos galhos brilham pequenas gotas de chuva, como prata, vejo ainda gaivotas e outros pássaros que deslizam no vento. Enquanto isto existir, e quero viver para ver, estes raios de sol o céu azul - enquanto isto durar, não poderei ser infeliz.»
Coincidiendo con la celebración del Día del Holocausto, las autoridades holandesas y grupos ecologistas han llegado a un acuerdo para salvar de la tala a un árbol centario y enfermo que se yergue sobre la casa de Amsterdam donde Ana Frank se escondía de los nazis y escribía su famosísimo diario, informa la BBC. Al parecer, fue aquel árbol el elegido por la adolescente para abstraerse de la horrible persecución a la que estaban sometidos los judíos como ella. Una especie de refugio espiritual alejado del terror cotidiano. (ELPAIS.com 24/01/2008)

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Holocausto, o imperativo de lembrar

A Resolução da ONU definindo a data de 27 de janeiro como “Dia Mundial de Lembrança das Vítimas do Holocausto” é a resposta tardia do silêncio que tomou conta dos líderes das nações perante a tentativa de aniquilamento do povo judeu pelas hordas nazistas, durante a II Guerra Mundial. É o grito de protesto contra a insanidade daqueles que, por se julgarem donos de poderes ilimitados, outorgam-se o direito de degradar seres humanos, extirpá-los do convívio comum, explorá-los até o limite de suas forças e assassiná-los fria e cruamente.
A decisão histórica da ONU reitera a especificidade do Holocausto ao recomendar explicitamente aos Estados Membros da Organização que punam exemplarmente aqueles que tentarem negar ou banalizar a Shoá e que elaborem programas educacionais a fim de gravar na mente das gerações futuras as lições emanadas do Holocausto.
A especificidade da Shoá precisa ser reconhecida de forma incontestável pelo seu caráter único – a decisão política de extermínio físico do povo judeu, eliminando até a quarta geração de descendentes, mesmo oriundos de casamentos mistos ou convertidos a outras religiões; a montagem de toda uma engrenagem para buscar os judeus aonde estivessem e levá-los aos campos de extermínio; a construção de aparatos especiais, rápidos e eficientes, para a execução em massa dos condenados à morte pelo nazismo. (...) A recomendação já vem de longa data. Já em janeiro de 2000, 47 países - sendo 22 representados por seus chefes de Estado -, reuniram-se na cidade de Estocolmo para a primeira reunião do 3º Milênio: "Fórum Internacional sobre o Holocausto". O então Secretário Nacional de Direitos Humanos, José Gregori, chefiou a delegação brasileira e subscreveu a recomendação de ensinar o Holocausto em todos os níveis do processo educacional. Nesses oito anos, muito pouco foi feito no Brasil, país pioneiro na legislação de combate ao racismo e anti-semitismo. (Profa.Diane Kuperman, no ALEF)

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