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Terapia em Filosofia Clínica

Vânia Dantas*

TERAPIA EM FILOSOFIA CLÍNICA - tal qual a própria Filosofia Clínica nos ensina, através de um termo que lhe é tão caro - a plasticidade - nesta obra fazemos uma abordagem que a possibilite ser apreciada tanto por leigos no assunto como pelos pesquisadores na área de Filisofia Clínica e estagiários.

Como uma das principais metas deste livro é contribuir para a formação dpo aspirante a FILÓSOFO CLÍNICO, organizamos, além de informações gerais sobre esta nova forma de terapia, um conjunto de normas acerca dos entendimentos em Filosofia Clínica, aliado a percepções dos autores sobre a prática clínica.

Vânia Dantas

Prefácio
Márcio José da Silva

Defenir é matar, sugerir é criar, nos ensina Stéphane Mallarmé. Eis aqui uma prova material desse aforismo, a obra Terapia em Filosofia Clínica - percepções e aprendizagem, organizada por Vânia Dantas, Marta Claus e Saurater Faraday, com seu conteúdo voltado à formação do aluno e terapeuta em Filosofia Clínoca, sem, entretanto, ser uma barreira técnica aos interessados em conhecer os procedimentos terapêuticos realizados por esta nova abordagem da Filosofia.

A primeira parte é constituída por um intróito à Filosofia Clínica contando-nos sobre sua gênese e aplicabilidade, que, como nos fala Packter, surgiu "da experi~emcia do contato com pessoas que sofrem existencialmente". Compôem também este capítulo as indicações técnicas que servirão de base a feitura do relatório, destinado à obtenção da certificação à clínica do terapeuta em formação.

Referências às formas de elaboração de estágios constituem a segunda parte, onde encontraremos sugestões de fichas de apoio e informações sobre a prática de consultério.

O périplo pelo atendimento em Filosofia Clínica é foco central da terceira parte. Caminhamos e conhecemos, passoa a passo, a clínica fundamentada na Filosofia, iniciando-se com uma apresentação dos componentes de uma sessão terapêutica e prosseguindo co uma noção dos instrumentos da Filosofia Clínica. Percebemos o outro como parte inerente à existência da clínica. E aqui ele é tratado em sua singularidade existencial, assim como nos lembram as palavras de Martin Buber "Cada pessoa que vem a este mindo representa algo de novo, algo que nunca existiu antes, algo de original e único. A tarefa mais importante de cada ser humando é a "atualização" dessas potencialidades nunca vistas e que não vão voltar, e não a repetição de alguma coisa que alguém, por maior que seja, já tenha realizado".

A quarta e última aprte constitui-se como momeno da reciprocidade, de rever e repensar o que nos foi apresentado. Uma ocasião de reflexão sobre as críticas direcionadas à Filosofia Clínica, bem como um instante para ponderarmos sobre a teoria e a prática deta terapia, que se constitui como um corte epistemológico na filosofia. Pois não estamos a tratar com coisa, como quer nos fazer crer o olhar científico, que reduz o outro a definições objetivos e cegas, a simples encadeamento de tipologias psicológicas ou sociológicas sem uma significação ou existência singular. Cabe resslatar o alerta que nos faz Olga Hack em seu artigo Uma Ética para a Filosofia Clínica, sobre "a grande responsabilidade que teremos", pois "não estamos brincando com bonecos, que vida é muito mais que meros fantoches de treino e malabarismos, que as consequências podem ser traumáticas e para o resto da vida." Tal postura radical em relação à vida é o que opera a Filosofia Clínica, enquanto terapia.

Como nos lembra Vânia Dantas "Deixar de se espantar com a vida é deixar de ser filósofo", penso ser este um referencial, um farol a nos indicar o caminho a seguir para nossa formação como filósofo clínico, não só para o entendimento, mas para a aplicabilidade em nossa vida, esta baseada nas interseções e no afeto, no afetar e permitir-se ser afetado pelo outro. Admitindo-se uma transformação mútua sem, contudo, perder o respeito a reciprocidade e à responsabilidade por ambos, a vida será a "arte do diálogo", a "arte do encontro".

Fazendo uma analogia com a maiêutica socrática, no partilhar faz-se parir a essência do ser, seus sentimento, sua história. Não de forma definitiva, mas através de um processo construtivo dinâmico. Esse diálogo permite uma abertura para que as pessoas esperimentem o mundo e a si mesmas de uma forma mais próxima da totalidade.

Este livor oferece não apenas uma soma de conhecimento teórico sobre a terapia em Filosofia Clínica, mas um relato sobre a experiência do partilhar a vida de terapeuta com quem busca embrenhar-se por este caminho.

Márcio José andrade da Silva (Especialista em Filosofia Clínica, Professor Adjunto no Centro de Filosofia Clínica de Campinas e mestrando em Ética pela PUC/Campinas)

São autores do livro: Vânia Dantas, Marta Claus e Saurater Faraday


Sobre o Autor

Vânia Dantas: ESPECIALISTA EM FILOSOFIA CLÍNICA
UBERLÂNIDIA - MG

vaniamor@hotmail.com

 

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