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Veja as estatísticas do mês passado (maio/2005)

Em meio a toda polêmica da proibição, pela Justiça, do livro “Na Toca dos Leões” (Planeta), o jornalista e escritor FERNANDO MORAIS é o convidado do "Sempre Um Papo" no Rio de Janeiro, no dia 06 de junho, segunda-feira, às 19h, no Conjunto Cultural da Caixa / Teatro Nelson Rodrigues, à Av. Chile, 230.

O artigo de Fernando Gabeira expressa exatamente o que sentimos depois de anos na busca por liberdade e pela democracia. Realmente parece que tudo que é sólido se desmancha no ar. Levarão cem anos para que país possa se recuperar da decepção. Toda luta parece que foi inglória. Agora, é necessário se reerguer. Como? O que é isso, companheiro?" (H.C.)

"Enfrentamos cadeia, tortura e exílio e, de certa forma, sobrevivemos moralmente inteiros. A experiência do poder quebrou mais nossa vontade do que todos os paus de arara, os holofotes e o cordão de puxa sacos nos confundiram mais que choques elétricos. Amigos que enfrentaram horas de tortura para salvar os outros, hoje se dedicam a produzir notinhas, uns contra os outros.

Tudo que é sólido se desmancha no ar. Há dissoluções mais bonitas, passagens mais perfumadas. Esse episódio, mascarado de ascensão de um trabalhador do governo, é uma crueldade histórica. Levarei muitos anos para justificar a mim mesmo como foi possível acreditar nisto, já no fim do século XX, quando experiência e prática nos incitavam a duvidar. Ignorantes da tragédia histórica, fomos condenados à farsa. (F.G.)"

[hipertexto] De volta ao apartamento de Roberto Jefferson, por Fernando Gabeira.

O escritor Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo e o jornalista Paulo Markun são os dois candidatos ao Prêmio Intelectual do Ano 2004 (Troféu Juca Pato), concurso promovido pela União Brasileira de Escritores, com patrocínio da Folha. O primeiro concorre com "Ensaios sobre o Capitalismo do Século XX", o segundo, com "O Sapo e o Príncipe - Personagens, Fatos e Fábulas do Brasil Contemporâneo". Durante este mês, a UBE envia as cédulas ao colégio eleitoral para a votação, que acontecerá em julho. >> Na Folha

Escrever livros sobre sexo (no caso feminino) sem que eles caiam no gênero auto-ajuda nem ganhe tom enciclopédico não é fácil. Duas obras lançadas agora conseguem o feito. A "Mulher Nua", do inglês Desmond Morris, e "Uma História Universal da Fêmea", da jornalista carioca Márcia Lobo, conseguem fugir dessas armadilhas. Mas, por outro lado, tampouco se aprofundam nos temas que se propõem a discutir.

A brasileira Márcia Lobo se propôs um outro desafio: falar especificamente sobre a sexualidade feminina, contando os mitos históricos e curiosidades. Ela faz uso do humor e de um certo feminismo, apesar de negar tal condição logo no prefácio da obra. Além de abordar temas como a menstruação, que era considerada sagrada para depois ser considerada uma maldição, conta também curiosidades como o surgimento da primeira camisinha. Ela lembra também o que os filósofos pensavam sobre as fêmeas.=>> Leia mais

Ao poeta, num campo em que a transgressão é quase uma exigência imposta pelos cânones da cultura, interessa o estudo das tendências já consagradas. Mas como reconhecer um transgressor? Quando é que essa infringência não passa de mera especulação? Há na poesia de Júlio Polidoro sinais desses questionamentos. Reunindo sua produção poética de 1979 a 2003 em um único volume intitulado "Outro Sol", com o aval da Funalfa Edições e chancela da Nankin Editorial, Polidoro constrói versos enxutos, burilados. Nota-se a evolução do poeta de "Treze poemas essenciais", o primeiro livro que integra a antologia até "A superfície do abismo", o último.

[resenha] Outro Sol, Júlio Polidoro, por Whisner Fraga.

Conrad Rose está distribuindo o seu primeiro romance, de forma independente e eletrônica, com o sonho de vê-lo impresso um dia. O Primeiro Capítulo é um conto e está disponível gratuitamente. Disponibiliza a versão eletrônica do romance ao preço de R$ 5,00.

A GROSSO MODO: Orelha, por Lívia Santana.

Como adquirir: A GROSSO MODO

“O desespero mais comum é o de não se ter escolhido ou de não se querer ser quem é; porém, a forma mais profunda de desespero
é escolher ser outra pessoa que não a si mesmo.”
(Kierkegaard)

Ancelmo Góis noticia que Ronaldo Caiado, o deputado que conseguiu censurar o livro Na toca dos leões, de Fernando Morais, parece ter tomado gosto pela coisa. Segundo o colunista, Caiado tentou impedir, em Goiás, no Festival Internacional de Cinema Ambiental, a exibição do documentário "Asbestos", em que admite ter recebido grana da gigante do amianto Sama para sua campanha. (O Globo - 3/6/2005 - por Ancelmo Góis)>> Leia mais

O escritor albanês Ismail Kadaré foi escolhido, na última terça-feira, como o vencedor da primeira edição internacional do Man Booker Prize, prêmio literário no valor de US$ 115 mil (R$ 279 mil) concedido pelo Reino Unido. Entre os 18 autores previamente indicados desbancados por Kadaré estão Gabriel García Márquez, o americano John Updike e o alemão Günter Grass. Kadaré, que rompeu com o regime comunista albanês em 1990 e se mudou para a França nesse ano, disse esperar que agora mundo veja que há mais nos Bálcãs do que conflitos armados e guerra civil. >> Leia mais

Começou a contagem regressiva para a 38ª edição do Festival Internacional de Londrina (FILO). A programação e as datas dos espetáculos foram divulgadas ontem. Entre os dias 3 a 19 de junho – e não mais em maio, como nos anos anteriores –, a Cidade vai respirar e viver um roteiro cultural de teatro e música. Apresentações nacionais, internacionais e locais, além de projetos de inclusão social através da arte preenchem os dias do Festival. E este ano não haverá suspense: o Cabaré do FILO – que já abrigou atrações musicais de renome – está confirmado (ver texto nesta página). O FILO é uma realização da Àmen (Associação dos amigos da Educação e Cultural do Norte do Paraná) e da UEL. =>> saiba mais

Um fotógrafo que divaga num quarto escuro e antecipa a frustração enquanto aguarda ansiosamente a revelação das poses de uma bela garota: "Quando revelei a última fotografia que, de fato, era a imagem sonhada?". Durante quase dois anos, Cristóvão Tezza foi esse homem da escuridão, a empenhar-se na construção daquela realidade particular e a esperar o resultado do que viria a ser seu mais recente romance. Se o resultado se assemelhou à expectativa inicial? Não, se transformou inúmeras vezes, mas talvez isso não seja importante: o fato é que O Fotógrafo (Rocco) foi escolhido pela Academia Brasileira de Letras, na última segunda-feira, o melhor livro brasileiro de ficção de 2004, e receberá um prêmio no valor de R$ 36 mil em cerimônia no dia 20 de julho, no Salão Nobre da própria ABL. Na mesma cerimônia, autores de outros gêneros, como Ferreira Gullar e Mario Chamie, anunciados ao longo do mês de maio, também receberão seus prêmios. >> Leia mais

"De alguma forma ela pressentia. Não saberia dizer nem quando começara isso e nem o porquê. Só pressentia. E isso a estava angustiando. Deixou o livro de lado, não conseguia concentrar-se. Levantou e caminhou para a janela. Afastou as cortinas e olhou a rua. O sol descambava, as cores rosadas tomavam conta do meio fio. Espreitou a esquina. Nada dele ainda. Seus dias agora se limitavam a isso. Esperar. Cada vez mais um pouco, cada vez mais tarde, cada vez mais complacente".....

Um texto novo em www.rosebud.rose.bud.zip.net.

A programação completa da FLIP 2005 já está disponível no site www.flip.org.br. Além de conhecer cada um dos autores você poderá consultar o programa com o resumo das mesas. Ao todo são 36 escritores vindos de 11 países.

Nesta terceira edição, que acontece entre os dias 6 e 10 de julho, a FLIP tem o privilégio de sediar o lançamento mundial de Shalimar, o equilibrista, o novo livro de Salman Rushdie. O autor lerá trechos de seu novo romance e falará sobre intolerância, censura e literatura.

Estamos na coluna do Carlos Alberto Hang, de Joinvile/SC.

Escritor, professor e advogado, HENRIQUE CHAGAS é o diretor responsável do sítio cultural VERDES TRIGOS. Nascido em Cruzália/SP e radicado em Presidente Prudente/SP, onde exerce o cargo de Procurador da CAIXA e participa de inúmeros eventos literários, especialmente no sentido de divulgar a nossa cultura brasileira. VERDES TRIGOS é o sítio cultural que foi criado por Henrique e destina-se ao fomento do hábito de leitura, à divulgação da cultura brasileira, através da publicação de resenhas, ensaios literários e crônicas; e objetiva democratizar o conhecimento aos visitantes através de informações referentes a lançamentos e publicações editoriais. Clica na imagem acima do simpático amigo da cultura, Henrique, e entre no universo da Verdes Trigos, visitando e se cadastrando em seu site. Excelente trabalho!!! (Carlos Alberto Hang, Joinvile/SC)

*Foto: SINOMAR, de Presidente Prudente, do Jornal O Imparcial

Cesar Giobbi comenta que, segundo o que se ouve em Brasília, a hora de Gilberto Gil pegar o boné está chegando. Segundo o colunista, ele já teria até avisado o presidente Lula: só agüenta no cargo até depois da viagem presidencial à França, para o 14 de Julho. >> Leia mais

O Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, no Rio, abre hoje a exposição "Segredos da Biblioteca Castro Maya: erotismo e arte", coleção de 38 livros eróticos e 37 pranchas, com ilustrações e gravuras originais. Os livros escolhidos entre mais de 900 volumes compõem um painel significativo da literatura erótica oriental e ocidental. As ilustrações são de Pablo Picasso, Raoul Duffy, Leonor Fini e Aristide Maillol, entre outros. >> Leia mais

Se você entrar numa livraria e pedir a Antologia de contos de Maria Lúcia Medeiros (Editora Amazônia Livros e Vídeos), o menino bobo, de piercing no supercílio esquerdo, que atende no balcão vai dizer que não conhece o livro, nem a contista e muito menos a editora. No caso, até que não podemos culpar sua ignorância. A autora é cult, e a modesta editora de Belém do Pará é uma organização quase paroquial. Mas alguns contos de Maria Lúcia Medeiros já foram publicados no Suplemento Literário do Estado de Minas e chamaram a atenção dos leitores para as qualidades arcanas de sua narrativa. Eram quase poemas em prosa, nos quais se concentrava uma força estranha, demiúrgica. O estilo, aparentemente linear e coloquial, escurecia às vezes e se aprofundava em abismos de solidão e desamparo que lembravam as depressões psíquicas de uma Virginia Woolf. >> Leia mais

O escritor Luiz Ruffato, um dos nomes mais famosos da atual literatura brasileira, organizou e lançou em julho de 2004 uma antologia chamada “25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira”, pela editora Record. Fez sucesso. E, como um panorama desse tipo tende sempre a ser incompleto, uma segunda antologia se impôs. É “Mais trinta mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira”. O livro saiu agora, no dia 22 de maio, lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, e muitas escritoras que tinham ficado de fora do primeiro só agora são registradas.

[hipertexto] => Segunda antologia de escritoras: 30 contos femininos, por Chico Lopes

40 é o número de poetas mineiros e portugueses contemporâneos que participam da antologia O Achamento de Portugal. O lançamento mundial, no dia oito de junho de 2005, será realizado nos jardins internos do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O livro, fruto de uma parceria inédita da editora anomelivros e o Consulado-Geral de Portugalem Minas Gerais, conta com os patrocínios da Fundação Calouste Gulbenkian, entidade de direito privado e utilidade pública, e o Instituto Camões, ligado ao Ministério de Negócios Estrangeiros do governo português, ambos com sede em Lisboa. Apóiam o evento a SOGRAFE e o Palácio das Artes/Fundação Clóvis Salgado.

[hipertexto] = O Achamento de Portugal, por José Aloise Bahia

Mônica Bergamo informa que o ministro José Dirceu, da Casa Civil, está organizando um jantar, em São Paulo, para o amigo Fernando Morais. Segundo a colunista, ele quer homenagear o escritor, num gesto de desagravo por causa do silêncio imposto a Morais pela Justiça de Goiás. O escritor está proibido de comentar a decisão de um juiz para que todos os exemplares de seu livro "Na Toca dos Leões" fossem retirados do mercado por conter supostas ofensas ao deputado federal Ronaldo Caiado (PFL/ GO). A data provável do jantar é 11 de junho. >> Leia mais

Ele tinha apenas 14 anos quando decidiu fazer a assinatura da histórica Coleção Saraiva, lançada em 1946. "Os livros vinham numa espécie de cinta de papel, onde estava escrito o nome da próxima atração. Eu achava lindo e até hoje não me esqueço das capas assinadas pelo Nico Rosso", lembra o ator Paulo Betti, 52, que credita aos pais sua paixão pelos livros. "Eu gosto do cheiro de livro. Gosto de apreciar a impressão e as ilustrações", explica o bibliófilo. Diz não ter idéia de quantos livros possui, mas confessa o vício: "Adoro freqüentar sebos. Quando viajo com alguma peça de teatro, aproveito o caminhão que carrega o cenário para transportar os livros que vou comprando pelo caminho". >> Leia mais

"Adoro livros, mas não sou bibliófilo. Nenhum livreiro pode ser bibliófilo. Se eu criar apego, não vendo. Estou aqui para atender aos colecionadores." É assim que Eurico Bezerra Brandão Júnior, 47, define seu ofício de dono de um dos maiores sebos do Brasil. A primeira loja da Livraria Brandão Sebo começou com o pai dele, em Recife, há 55 anos. Depois, foi aberta outra, em Salvador, e, há 30 anos, mais uma, em São Paulo, a maior das três. Com mais de 70 anos, é o velho Brandão quem cuida da loja em Salvador. Segundo Brandão Júnior, a família mantém um estoque com quase 1 milhão de exemplares e compra em todo o Brasil. >> Leia mais

"Livro é uma coisa que anda muito, sabe? Ele sai do lugar durante a noite e, no dia seguinte, nem sempre consigo encontrá-lo." É com bom humor que o senador e ex-presidente José Sarney, 75, conta sobre as madrugadas que costuma passar em sua biblioteca, em Brasília, entre seus mais de 8.000 livros. Só assim ele consegue matar as saudades de cada um dos quase 50 mil exemplares que fizeram parte da sua coleção. Hoje, a maioria deles está na fundação que leva o seu nome, no Maranhão. "Sinto uma saudade enorme dos meus livros, de folheá-los. Foi a separação mais dolorosa que eu enfrentei na vida. E é definitiva. Mando constantemente meus livros para o Maranhão, para que [os funcionários da fundação] os conservem, informatizem o acervo e, também, para que um número maior de pessoas tenha acesso [a essas obras]", conta. >> Leia mais

Em noites calientes, no País do Futebol.
Porcos famintos sugam a essência das flores.
No berço esplêndido do florão da América,
fantoches humanos maltrapilhos,
sorvem a abjeta escória,
dos senhores de colarinhos brancos
e sapatos pretos. >>> jbconrado*

"Somos donos de nossos atos,
Mas não somos donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
Mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
Não podemos prometer sentimentos...
Atos são pássaros engaiolados,
Sentimentos são pássaros em vôo".
(Rubem Alves)

O mês acaba amanhã. Eis as estatísticas da VerdesTrigos.org:

Mês -- Visitantes únicos -- Número de visitas -- Páginas
Jan 2005 - -- - 5.222 - - - - 7.723 - - - - 55.249
Fev 2005 - - - - 7.299 - - - 11.137 - - - 61.832
Mar 2005 - - - 12.586 - - - 18.189 - - - 97.408
Abr 2005 - - - 16.569 - - - 22.240 - - - 134.945
Mai 2005 - - - 14.412 - - - 18.937 - - - 123.817

Eis as estatísticas da VerdesTrigos.com.br

Mês -- Visitantes únicos -- Número de visitas -- Páginas
Jan 2005 - - - - 3.846 - - - - 4.805 - - - - 10.120
Fev 2005 - - - - 4.990 - - - - 5.940 - - - - 11.196
Mar 2005 - - - - 8.967 - - - 10.597 - - - 20.399
Abr 2005 - - - 11.995 - - - 14.257 - - - 24.895
Mai 2005 - - - 10.774 - - - 12.793 - - - 23.077

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A escritora LYA LUFT participa do projeto Sempre Um Papo, em Belo Horizonte, no debate e lançamento do livro de poemas “Para não dizer adeus” (Ed. Record). O evento acontece dia 13 de junho, segunda-feira, às 19h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes. A entrada é franca, numa realização conjunta da Cemig, Jornal Estado de Minas e AB Comunicação, patrocínio do Banco Rural, com o apoio da Usiminas, Fundação Clóvis Salgado, Hotel Mercure Belo Horizonte Lourdes e Rádio Guarani. Informações: 3261-1501 e sempreumpapo.com.br.

Maior fenômeno editorial no mercado brasileiro nos últimos anos, Lya Luft volta à poesia neste livro repleto de sensibilidade e sabedoria. Em PARA NÃO DIZER ADEUS , Lya Luft d esnuda — desta vez em versos — os mais profundos sentimentos humanos: a solidão, a morte, o amor, o vício, o assombramento e o desencontro. Entre poemas inéditos e alguns antigos, Lya Luft mostra algumas de suas várias faces e retoma, com extrema delicadeza, alguns dos principais temas de sua prosa.

Em 1999, o escritor Paulo Coelho estava dando uma palestra no Festival de Literatura de Mântua, na Itália, quando viu, no meio da multidão, uma mulher segurando um cartaz que dizia o seguinte: "Realize meu sonho. Fale comigo um minuto, por favor." No fim do encontro, trocaram algumas palavras. A mulher pediu que o mago olhasse os originais de seu livro cujo tema era a vida das brasileiras que, como ela, trabalhavam como prostitutas na Europa. Sônia pensou que nunca mais fosse encontrá-lo. Tempos depois, recebeu um telefonema do escritor marcando um encontro. "Ele disse que tinha adorado o meu manuscrito e pediu que o levasse ao lugar onde eu tinha ambientado a maior parte da trama, a Langstrasse, rua que fica num quarteirão conhecido como Boca do Lixo, em Zurique, na Suíça", lembra Sônia, de 39 anos, que adotou o pseudônimo de Mariana Brasil, cuja história inspirou o Onze minutos. Há dois anos, ela lançou Entre as fronteiras (O manuscrito de Sônia), em que conta a história verdadeira que inspirou Onze minutos, numa edição restrita, de 250 exemplares. Agora, a editora Itália Nova lança a obra no Brasil com o título O manuscrito de Sônia (Itália Nova, 272 pp., R$ 32), já nas livrarias. >> Leia mais

Sempre tenho dito e repito. Amós Oz não é simplesmente um escritor (o meu preferido), é muito mais. Ele vive o que escreve. É um pacifista, um pioneiro que lutou por sua terra. Nasceu em Jerusalém e por ela lutou em duas guerras. E prega a paz. "É o que ele quis ser, e foi, quando, fugindo do destino que lhe preparava sua família, chegou a um kibutz aos 15 anos. Cavou a terra para construir Israel, emprestou o ombro e se queimou ao sol por uma idéia então cheia de romantismo. E agora, com a paz ainda pendente e o caminho semeado de mortos, a decepção não o venceu. Como um pequeno tanque bem equipado de argumentos, dispõe-se a empregar todo o esforço necessário para proclamar suas opiniões sobre como conseguir a paz por todos os meios possíveis".

Leia a entrevista de Amós Oz = Entrelivros, originalmente publicada no EL PAIS, de Madrid.

«A condição de península é a própria condição humana. [...] E isso é verdade em relação a grupos sociais, culturas, civilizações e nações e, sim, a israelitas e palestinianos. Nenhum deles é uma ilha, assim como nenhum deles pode fundir-se completamente com o outro. Aquelas duas penínsulas deveriam estar relacionadas e, ao mesmo tempo, deixadas a sós.» Amós Oz, Contra o Fanatismo, edição Ediouro.

Há quase dois anos, postei que possuo 02 exemplares de livros raros resgatados pelo fogo da inquisição ditadorial do triste período que vivemos e que já parece ter sido esquecido pelo povo brasileiro.

Pessoalmente sou guardião de duas obras resgatadas do fogo por um sargento do exército, que no exercício de sua função de "queimador de livros" foi "negligente", ficou com dó de queimá-los, resgatou e guardou consigo algumas obras julgadas por ele interessantes. No final dos anos 70, deu-me duas delas para que eu as guardasse. Tenho comigo há mais de 20 anos um exemplar do "Pequeno Dicionário Filosófico", de M. Rosental e P. Iudin (editado em português pela Livraria Exposição do Livro) e o "Cristo e Política" de Oscar Cullmann (editado pela Paz e Terra, 1968 - uma rara obra da teologia protestante).

Não estou só. Pelos comentários, fico sabendo que existe mais um exemplar. Vitor também é guardião de um exemplar deste dicionário, cujo exemplar lhe foi legado pelo seu avô, comunista, que foi caçado (com "ç" mesmo!) durante a ditadura militar. Assim mantemos conosco um pouco da memória daqueles que tombaram por um país melhor e democrático (que infelizmente ainda não o temos).

No Verdes Trigos, dentre outras opções, o internauta vai encontrar resenhas, artigos, crônicas, dicas de leitura e novos escritores, além de galerias de arte e fotografia. Não bastasse o excelente conteúdo, o portal se destaca pela leveza do layout e pela fácil navegabilidade. Sem dúvida alguma, vale a pena conferir.

Nota do Tutor Virtual

O Brasil continua a ser um país não-democrático, travestido pela roupagem de solidariedade e humanização. Somos convidados a pensar: sem reflexão seremos o corcunda que se curva à própria cova.

Do blog: Peregrino Aprendiz

Elaine Paiva, autora do livro "O Segredo da Sra Greey", começa coluna sobre livros no Gauchinho. E começa com matéria sobre "O manuscrito di Sonia" , a história que inspirou Onze Minutos, de Paulo Coelho, o livro de Mariana Brasil.

O MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO BRASIL, através do Departamento Cultural, torna público, para conhecimento dos interessados, que estará promovendo inscrições para participação neste Concurso Internacional de Ensaios "Machado de Assis", nos termos da Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, e nas condições estabelecidas neste Edital.

O período de inscrição será de 1 a 30 de junho de 2005

... Os valores brutos dos prêmios serão os equivalentes em reais, ao câmbio do dia do anúncio dos resultados, a US$ 20.000,00 (vinte mil dólares), US$ 15.000,00 (quinze mil dólares), US$ 10.000,00 (dez mil dólares), US$ 5.000,00 (cinco mil dólares) e US$ 3.000,00 (três mil dólares), respectivamente, para o primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto colocados.

http://www.consulatebrazil.org/Consulado-Geral/cgbos/ConcursoMachado-2005.htm