Sábado, 16 de Fevereiro de 2008

do Salmo 107

Pensando no post anterior, eis um trecho bíblico (Salmos, 107, 23-28)

Os que, tomando navios, descem aos mares, os que fazem tráfico na imensidade das águas,
Esses vêem as obras do Senhor, e as suas maravilhas nas profundezas do abismo.
Pois Ele falou, e fez levantar o vento tempestuoso, que elevou as ondas do mar.
Subiram até os céus, desceram até os abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma.
Andaram e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino.
Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou de suas tribulações.

O texto foi musicado por Herbert Sumsion (1899-1995), e pode ser encontrado num CD da Naxos, intitulado Psalms for the Soul. Trata-se de uma série de obras corais, "very british", que exigem muita atenção e silêncio (interno e externo) para serem ouvidas. A que mais agrada de imediato é de sir Hubert Parry, o Salmo 84: "como são belas tuas moradas, ó Senhor dos exércitos!", cujas frases melódicas curtas são bem parecidas com aqueles hinos que a gente não sabe bem onde ouviu; ou será algum andante de Haydn? O fato é que, como sugere o texto, estamos "em casa" ouvindo essa música. Junto com sir Charles Stanford (1852-1924), Parry (1848-1918) é um dos fundadores da música inglesa no século 20, antes que seus alunos, como Vaughan Williams, tomassem conta daquela morada, bastante vazia aliás naqueles tempos. (Marcelo Coelho, FSP)

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