Terça-feira, 20 de Dezembro de 2005

Judeus que escreveram canções de Natal

Os judeus não celebram o Natal nem acreditam na divindade de Jesus Cristo (ele próprio um judeu; ver também O Conceito de Messias no Judaísmo), cujo nascimento é celebrado pelos cristãos a 25 de Dezembro. Mas, paradoxalmente, não deixa de ser irónico que as mais populares canções de Natal tenham sido escritas e compostas por judeus. A maior parte delas vêm dos Estados Unidos, o país onde, tal como hoje o conhecemos, o Natal foi inventado, na cidade de Nova Iorque ao virar de 1900.

Mas tudo começara do outro lado do Atlântico, em meados do século XIX, quando um judeu francês, Adolphe Adam, o compositor do ballet Giselle, escreve Cantique De Noël, também conhecida em inglês como O Holy Night, ainda hoje considerado o hino por excelência do Natal.

Em 1940, Irving Berlin (cujo nome verdadeiro era Israel Isidore Baline), um talentoso judeu russo nascido na Sibéria e emigrado em Nova Iorque, compôs aquela que seria a canção de Natal responsável por moldar o imaginário natalício da América – White Christmas, cantada 14 anos mais tarde no musical homónimo pela voz de Bing Crosby. Musicais da Broadway e o cinema vieram popularizar inúmeras canções de Natal escritas por músicos judeus, entre elas Rudolph the Red Nosed Reindeer, Holly Jolly Christmas e Rockin’ Around The Christmas Tree de Johnny Marks; Let It Snow, Let It Snow, Let It Snow, de Sammy Cahn e Jule Styne; Silver Bells de Jay Livingston e Ray Evans; The Christmas Song (Chestnuts Roasting On An Open Fire), de Mel Tormé.

Apesar de serem das mais conhecidas canções de Natal, as composições natalícias escritas por judeus tendem a ser “laicas” e “seculares”, preferindo celebrar aspectos desta tradição cristã que nada têm a ver com religião propriamente dita, como a reunião das famílias, os presentes e o aconchego a que convida uma manhã nevada de Inverno.

Ouçam as músicas na http://ruadajudiaria.com/

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