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2 de julho de 2005

Virginia Woolf inteira no pouco lido “Momentos de Vida”



As Horas: Nicole Kidman está irreconhecível no papel de Virginia Woolf

Há, na literatura, um gênero que pode ser chamado de “fragmentos autobiográficos”. Como todos os gêneros, pode ser fecundo e interessante praticado por um autor de talento, mas pode também ser uma armadilha para estes e um álibi para gente medíocre e preguiçosa. Não é raro que desande em coletâneas auto-complacentes ou em meras tolices mal disfarçadas por uma cortina de lirismo confessional. Alguns desses livros derivam do pressuposto de que o público aceitará qualquer coisa que uma pessoa famosa possa escrever. Mesmo gente muito elogiada por trabalhos de maior unidade e elaboração, gente “do ramo”, enfim, escritores respeitados, costuma ter livros do gênero publicados, seja por comodismo, seja por acordo com alguma editora, seja porque já conquistou a devida fama com trabalhos mais cuidadosos e supõe que qualquer coisa de seu jornalismo íntimo pode valer para aumentar a quantidade de títulos seus no mercado, com interesse certo para o leitor.

[hipertexto] => Virginia Woolf inteira no pouco lido “Momentos de Vida”, por Chico Lopes

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Link permanente··- publicado por VerdesTrigos @ 7/02/2005 08:14:00 PM | | | Voltar


Walcyr Carrasco e a argentina Graciela Montes já estão confirmados

Os escritores estarão no Salão de Idéias, que vai reunir em Ribeirão Preto,
de 9 a 18 de setembro, grandes nomes da literatura brasileira e internacional nos dez dias de evento


O escritor Walcyr Carrasco, autor da novela Alma Gêmea, dispensa maiores apresentações. Ele virou uma espécie de titular no time da TV Globo. Devorador confesso de toda a obra de Monteiro Lobato, ele percorreu vários caminhos antes de obter tanto sucesso. Enquanto fazia faculdade de jornalismo, cursou também História. Já formado, enveredou pelo texto teatral.

Essa trajetória, que explica a fórmula perfeita para escrever as novelas de época, será apresentada pelo autor num Salão de Idéias imperdível na 5ª Feira do Livro, que acontece de 9 a 18 de setembro, em Ribeirão Preto. Walcyr Carrasco vai falar também de sua paixão pela literatura, que ele já planejou levar para a novela. Segundo ele, um dos protagonistas deve viver um personagem que transforma sua vida graças ao hábito da leitura.

A escritora argentina Graciela Montes será uma das atrações internacionais do Salão de Idéias da Feira. Autora de sucesso, ela é a vencedora de 2005 do mais importante prêmio literário para inéditos de língua espanhola, o Alfaguara, da Espanha, na categoria romance, pelo texto El turno del escriba (A Hora do Escriba). Graciela, que adora falar para educadores sobre a importância da leitura na formação do cidadão, confessa que em Ribeirão vai realizar um grande sonho: conhecer pessoalmente o escritor Ziraldo.

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"Estamos todos de acordo, isso é uma vergonha mesmo"

Antigamente, havia um "partido da moralidade" lutando contra o descalabro. Agora, quando os que tinham fama de limpos se mostram sujos, os supostamente sujos - que já não tinham nada a perder - terminam entoando um cântico angelical: "Sim, estamos todos de acordo, isto aqui é uma vergonha mesmo...". (Marcelo Coelho, FSP, 02/07/2005)

[nota] => Salva-se alguém na Câmara dos Deputados? Há muito mais que 300 picaretas. Como resolver? Pouco importa quem é ou quem será o próximo presidente, Lula, FHC, Aécio ou Serra, tudo continuará como antes. A chave da solução está no Congresso. Em quem votar?

Sei em quem não votar. Na próxima eleição, para Deputado, não votarei em quem tenha exercido mandado nos últimos 10 anos (se já esteve lá, para lá não deve voltar), não voltarei em quem esteve ao lado ou apoiado a ditadura militar, não votarei em quem esteve ao lado da tropa de choque de Collor ou do Delúbio, não votarei em pessoas de idéias fundamentalistas (salvadores da pátria), basta ter um único projeto, não votarei em que esteja filiado a partidos de aluguel. Será que sobrará alguém para votar?

Para o Senado, votarei no Suplicy, o único que tem um projeto (Renda Mínima) e por ele tem batalhado. Nestes últimos 30 anos, Suplicy manteve incólume aos achaques, mesmo quando perdeu o eixo.

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Link permanente··- publicado por VerdesTrigos @ 7/02/2005 11:19:00 AM | | | Voltar


Um parto para sair do século 20

"Mas as coisas não caminham de forma harmônica. A crise atual, por exemplo, é a primeira em que a internet desempenha papel importante. As pessoas se informam, discutem, multiplicam a mensagem dos meios convencionais. Só isso me abre o horizonte para aquele projeto do computador a US$ 100. Quando defendi a quebra do monopólio dos telefones, fui chamado de traidor por uma parte da esquerda. Mas a aliança com a ciência, sem ilusões, a aproximação com a chamada terceira cultura (cientistas que explicam o mundo como escritores), aponta para um tipo de intervenção que renda mais frutos do que ficar nesse interminável bate-boca para demonstrar que corrupção de esquerda e de direita não se diferenciam. Nas democracias, ambas são crime.

[hipertexto] => Um parto para sair do século 20, por Fernando Gabeira.

[nota] - Começaria acabando com os cartórios de registros de imóveis. Saiba como e o porquê.

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Link permanente··- publicado por VerdesTrigos @ 7/02/2005 10:56:00 AM | | | Voltar

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1 de julho de 2005

LANÇAMENTO: VENHO DE UM PAÍS OBSCURO

Miguel Sanches Neto
avisa

NUM PAÍS OBSCURO,

UMA LINGUAGEM CRISTALINA.

Lançamento do seu livro

VENHO DE UM PAÍS OBSCURO (Bertrand Brasil).

Segunda-feira, dia 4 de julho de 2005,

a partir das 19 horas

Livraria Saraiva Mega Store
Crystal Plaza Shopping Center
Rua Comendador Araújo, 731 Curitiba - Paraná
41 232 8081

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Link permanente··- publicado por VerdesTrigos @ 7/01/2005 03:19:00 PM | | | Voltar


Lucia Koch na Fundação Iberê Camargo

Lucia Koch é a artista convidada de julho para trabalhar durante uma semana no ateliê de gravura que foi de Iberê Camargo, no projeto "Artista Convidado". No dia 04, Lucia Koch realiza palestra, com mediação de Maria Amélia Bulhões. A palestra integra o Seminário de Pesquisa em Artes Visuais do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais/UFRGS.

Artista contemporânea multimídia, Lucia Koch trabalha com instalações, intervenções, fotografia e escultura. Entre as exposições coletivas que participou, destacam-se as realizadas em espaços como MAM/SP, Bienal de Pontevedra (Espanha), Porto (Portugal), Annandale-on-Hudson (Nova York), Bienal de Istambul, Bienal do Mercosul, Paço das Artes, entre outros no Brasil e no exterior. Entre suas individuais, estão Fundos, no Centro Cultural São Paulo, Remistura O.A., na Galeria Obra Aberta (Porto Alegre), Projeto Parede RGB, no MAM/SP, e Matemática Moderna, em cartaz na Casa Triângulo.

A Pinacoteca se localiza na Rua Senhor dos Passos, 248/1º andar. Porto Alegre

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Obra antecipa estética de Kafka

A escolha de Modesto Carone, tradutor e especialista em Kafka, para a escrita do posfácio de Bartleby, o Escrivão (Cosac Naify, 88 pp., R$ 29, trad. Irene Hirsch) não foi por acaso. A relação entre esse livro de Herman Melville, escrito em 1853, e a obra do escritor tcheco já havia sido mencionada no prólogo que Jorge Luis Borges escreveu ao livro, em tradução de 1944. Entretanto, quando Rodrigo Lacerda, editor da Cosac Naify, propôs a Carone que fizesse o texto, não esperava a empolgação que ouviu na voz do ensaísta, depois de este o ter lido novamente, décadas após a primeira vez. "Ele me liga e fala: 'Aceito a encomenda porque estou espantadíssimo que a esta altura da vida tenha encontrado uma alma gêmea tão flagrante de Kafka'", conta Lacerda. Bartleby, o Escrivão é a história de um copista de Wall Street narrada pelo advogado que o contrata. Um escrivão que, depois de um início em que trabalhava incessantemente, passa a se negar aos pedidos do chefe, sempre com a frase: "Acho melhor não". >> Leia mais

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VIDA EXTRATERRESTRE

O físico brasileiro Marcelo Gleiser, professor do Dartmouth College (EUA), em sabatina conduzida no Teatro Folha, em São Paulo

Um dos temas que mais evocaram reações e perguntas da platéia foi a possibilidade da existência de vida extraterrestre -área de pesquisa pela qual Gleiser agora anda mais interessado. Ele divide a questão em duas vertentes.

"O Sol é uma estrela trivial. Não há nada especial sobre ele. E há na Via Láctea, a galáxia em que nós vivemos, cerca de 200 bilhões de estrelas. O nosso Universo, no horizonte que podemos observar, tem um raio de 14 bilhões de anos-luz. Só nesse horizonte estima-se que haja centenas de bilhões de galáxias. Então, se você faz as contas, é muito provável que exista vida em outro lugar", afirma o cientista.

"No entanto, eu sei que a pessoa que fez essa pergunta não está pensando nesse tipo de vida. A pergunta é: há vida inteligente fora da Terra?"

A essa questão, segundo Gleiser, ninguém ainda tem elementos suficientes para dar uma resposta precisa. Ele acredita que as evidências científicas hoje sugerem que os passos exigidos para o surgimento de espécies inteligentes e conscientes, como a espécie humana, sejam improváveis demais para que tenham se repetido em algum outro lugar.

O físico carioca encerrou o assunto lembrando uma piada saída dos quadrinhos, mais precisamente dos personagens Calvin e Haroldo. Ironizando a falta de sabedoria dos seres humanos, o personagem dizia que a maior evidência de que havia extraterrestres inteligentes em outras partes do Universo é que eles jamais tinham vindo nos visitar. (Folha Ciência)

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Link permanente··- publicado por VerdesTrigos @ 7/01/2005 09:53:00 AM | | | Voltar


Abrindo os códigos....... da Verdes Trigos

Eis as estatísticas da VerdesTrigos.org:

Mês -- Visitantes únicos -- Número de visitas -- Páginas
Jun 2005     17684        22011     159374

Eis as estatísticas da VerdesTrigos.com.br

Mês -- Visitantes únicos -- Número de visitas -- Páginas
Jun 2005     11766       13734     21623

Através dos 02 domínios (verdestrigos.org e verdestrigos.com.br) chegaram aos campos dos verdejantes trigais ondulantes:

Média diária: 1.232 pessoas
Média de páginas lidas por dia: 6.464 páginas
Dados baixados do site: 2,478 GB
Compare com os dados do mês anterior. Crescimento de 13%.

Para um sítio cultural, com conteúdo diferenciado, sem qualquer propaganda e patrocício, é certo que temos um público fiel e qualificado. Pense nisso.

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30 de junho de 2005

Livraria da Vila é a livraria oficial da FLIP

Mais uma vez a Livraria da Vila, de São Paulo, foi escolhida como a livraria oficial da Festa Literária de Paraty (FLIP), que acontece entre os dias 6 e 10 de julho na charmosa cidade do litoral fluminense. Assim como aconteceu em 2004, a Livraria da Vila ficará instalada na Tenda dos Autores, onde acontecem as 20 mesas do evento, reunindo 36 autores brasileiros e estrangeiros. A partir de sexta-feira, 1º de julho, os clientes da livraria da Vila Madalena poderão encomendar os livros da FLIP por meio do site www.livrariadavila.com.br. A Livraria Cultura, por sua vez, já disponibilizou uma seleção FLIP em seu site, www.livcultura.com.br.

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Fiódor Dostoiévski – 30/10/1821 a 28/01/1881

Ler Dostoievski é descer aos porões da alma humana, é lá que se encontram os desejos reprimidos, as frustrações mais vergonhosas. Nas obras de Dostoievski já se prenuncia as questões psicanalíticas que mais tarde serão desenvolvidas por Freud. A questão central na obra Crime e Castigo, um dos clássicos de Dostoiévski, é o “limite”. Cabe aos seres humanos parar diante desse “limite” e se igualar à massa ou transpô-lo e se tornar uma exceção, um notável, mesmo que isso signifique cometer atos cruéis, como diz Raskólnikov, personagem central dessa obra: Napoleão tornou-se um mito mesmo tendo derramado rios de sangue para consolidar a sociedade burguesa que tem com pilar de sustentação o sistema bancário. Por que ele, Raskólnikov, não ultrapassaria o “limite” matando uma velha usurária, agiota de penhores, micro-representação do sistema capitalista? A descida de Raskólnikov aos porões da alma, ao vazio, ao ateísmo, ao crime, leva ao clímax da narrativa: mergulhar nas trevas ou transcender ? Fazer-se em novo a partir da ruptura com o passado, ou viver como mosca que paira sem ver nada até chegar ao alcance viscoso da língua do camaleão.

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Entrevista: RONALDO CAGIANO

RL - Há os que acham que o conto é um gênero menor em comparação ao romance. Concorda?
RC - Vale o que eu disse logo de início, com minhas impressões em relação ao que é arte maior ou menor. Tenho ouvido por aí que conto, assim como poesia e crônica, não vendem, que o romance é o gênero por excelência. Essas afirmações, repito, mais de ordem mercadológica, interessam apenas aos editores, que criaram uma espécie de reserva de mercado para o romance, sei lá, um tipo de questão fechada em torno do que se publicar e sedimentou-se tanto a idéia, que se criou uma "cultura" de que só o romance tem mais apelo do leitor. Nunca se produziu tanto conto como atualmente e esse fenômeno contrasta com a pré-disposição dos editores em não reconhecer um ambiente propício à sua difusão, recusando-se a editar livros de contistas. Esse sentimento está presente também em outros países, inclusive a França, que, segundo soube por uma editora de lá, os franceses não lêem conto. E eles tiveram um Maupassant, um dos mestres do gênero.
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RL - Quais são suas influência literárias?
RC– São muitas. Desde as primeiras leituras escolares (Lobato, Rubem Braga, Condessa de Sègur), passando pela fase de descobertas (Augusto dos Anjos, Drummond, Graciliano, Rosa, Bandeira, José Lins do Rego, Jorge Amado) até as escolhas ligadas a uma certa pátria psicológica, espiritual e afetiva (Kafka, Clarice, Hilda Hilst, Camus,Faulkner, Dostoievski, Joyce, etc.) e também o verdureiro da minha infância, o ferroviário que me emprestava livros e que se dizia dotado de uma "cultura de almanaque", a barbearia de meu pai (onde pululavam histórias de vida ou morte, laboratório de uma cidade que vi se liquidificar diante da minha infância/adolescência).

Leia a ENTREVISTA

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29 de junho de 2005

JORNADA DE LITERATURA

PASSO FUNDO RECEBE GILLES LIPOVETSKY, JOSTEIN GAARDER, ARIANO SUASSUNA, ENTRE OUTROS ESCRITORES PARA DISCUTIR LITERATURA

A 11ª Jornada Nacional de Literatura reúne importantes escritores brasileiros e estrangeiros em Passo Fundo (RS) entre os dias 22 e 26 de agosto, quando se transforma no Circo da Cultura. Cervantes, Andersen e Erico Verissimo serão homenageados. O sociólogo francês Gilles Lipovetsky, autor de Os Tempos Hipermodernos, o norueguês Jostein Gaarder, de O Mundo de Sofia e as escritoras portuguesas Margarida Rabello Pinto e Clara Ferreira Alves já confirmaram presença na 11ª Jornada Nacional de Literatura. Marcada para o período de 22 a 26 de agosto, em Passo Fundo (RS), a Jornada conta ainda com a participação de mais de uma centena de escritores.

Representando a literatura brasileira, Ariano Suassuna, Ignácio de Loyola Brandão, Carlos Heitor Cony, Luis Puntel, João Ubaldo Ribeiro, Domingos Pellegrini, Ana Maria Machado, Frei Betto, Ferreira Gullar e Moacyr Scliar, entre tantos outros também estarão em Passo Fundo.

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Foz do Iguaçu organiza sua I Feira do Livro

Com o objetivo de fomentar e divulgar a cultura do livro na região trinacional de Foz do Iguaçu e realizar intercâmbios culturais entre Argentina, Paraguai e Brasil, começa no próximo dia 6/7 a I Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu. O evento, organizado pela Associação Internacional Editares e pelo Centro de Altos Estudos da Consciência, será realizado ao ar livre, na praça das Nações, com a intenção de democratizar o acesso ao livro, aproximando-o do público. Autores como Moacyr Scliar, Marcel Souto Maior e Kledir Ramil devem marcar presença na Feira, que ficará instalada em Foz do Iguaçu até o dia 10/7. O evento integra o calendário do VIVALEITURA 2005.

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Unicamp sedia maior discussão sobre leitura no País

O 15º Congresso de Leitura do Brasil (COLE) será realizado entre os dias 5 e 8/7 na Universidade de Campinas (UNICAMP), no interior de São Paulo. Com o tema "Pensem nas crianças mudas telepáticas", esta edição do COLE reunirá 3.200 participantes da área de educação, que debaterão questões ligadas ao hábito da leitura e discutirão os mais de 1.400 trabalhos que serão apresentados no evento. No dia 7/7, o coordenador do Fome de Livro, Galeno Amorim, fará a palestra "O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e os Mediadores da Leitura". O evento é organizado pela Associação de Leitura do Brasil, uma entidade que busca promover o debate crítico da leitura e congregar pessoas interessadas no estudo de questões relativas à leitura. Para mais informações sobre o 15º COLE, acesse o site www.alb.com.br/novocole.php.

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A dama brasileira do crime

Conheci Vera Carvalho Assumpção no final de 2003, quando ela preparava-se para lançar seu primeiro romance policial, o instigante e surpreendente Paisagens Noturnas (Landscape; 198 páginas; 2003), já devidamente analisado aqui no Digestivo Cultural, em maio de 2004, numa bela resenha assinada pelo meu querido colega Fabio Silvestre Cardoso. Interessei-me pelo livro de pronto, não apenas por ser um grande leitor de ficção policial e de suspense, como principalmente por enxergar na sua chegada às livrarias, um reforço nas fileiras da ainda escassa Literatura brasileira de entretenimento, a dita LPB, um tema recorrente nos meus artigos e de cuja defesa não abro mão. Muita gente, certamente, não se deu conta disso, mas o fato é que Paisagens Noturnas inaugurou uma linguagem nova dentro da Literatura policial nacional, ao abordar questões caras à atualidade (mundo das drogas, deterioração das relações familiares, violência nas grandes cidades brasileiras, no caso, São Paulo), sem, contudo, resvalar para a estética marginal e, por vezes, árida e repulsiva que tem marcado a prosa de muitos ficcionistas devotados à temática do submundo urbano e do crime. Vera brinda os seus leitores com um estilo refinado; limpo, porém não asséptico e, por isso mesmo, não-limitado. Ou seja: a sua linguagem elegante não impede, absolutamente, que sejam postos em relevo todos os matizes da nossa múltipla e ensandecida sociedade, das angústias humanas cada vez mais pungentes, dos inevitáveis conflitos pessoais numa atualidade ferreamente competitiva e individualista, enfim: todos os ângulos da realidade, muitos dos quais preferimos ignorar diariamente em nome de um ideal de felicidade, beleza e segurança.

[hipertexto] => A dama brasileira do crime, por Luis Eduardo Matta

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Pássaro

Para Cortázar.

Charlie Parker rasga o ar em um lamento pungente. O trompete e a fumaça do charuto. Uma tv ligada, uma luta de boxe. O gigante, magro e barbudo, sentado ao fundo do bar, parece imerso em si mesmo. Balança a cabeça ritmado, seu cabelo rebelde cai pela testa. A um canto uma mulher risca desenhos no chão. Quadrados e números. Um, dois, três quatro, cinco.... Cada quadrado um número, cada número no seu quadrado. Intercambiáveis. Em cada quadrado a realidade é ambígua, a dúvida surge, as escolhas são múltiplas. Silente ela aproxima-se do gigante, palavras são desnecessárias. Toca-lhe o ombro. Cúmplice, ele lhe oferece a pedra do jogo.

A mulher atira a malha ...

www.rosebud.rose.bud.zip.net

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Rachel Jardim e a herança dos mortos: um bordado a retomar

Não se faz mesmo justiça a um grande livro lendo-o só uma vez. Conheci “O penhoar chinês”, de Rachel Jardim, numa quarta edição da José Olympio Editora com que a escritora Rosângela Vieira Rocha, de Brasília, generosamente me presenteou, afirmando ser aquele, possivelmente, o maior romance de Rachel. Rosângela não fez apenas isso: levou-me também a Rachel, a seu endereço, seu telefone, e eu mandei à escritora, que vive um tanto reclusa no Rio de Janeiro, o meu primeiro livro, “Nó de sombras”. Enquanto isso, lia “O penhoar...” e me deslumbrava. Mas lia-o em meio a um monte de outras leituras, porque sou, infelizmente, um pouco dispersivo nisso. Tenho a impressão constante de que sou pouco para os muitos livros que quero ler, que os horários me confundem, que me atrapalho bastante, porque é fundamental, para a leitura, um certo ócio despreocupado e deste, decididamente, estamos privados, devido aos compromissos de trabalho e familiares que temos por vontade própria ou às chateações com as quais nos comprometemos por impulsos bestas. A vida é assim: tudo tende a nos afastar do que realmente importa.

[hipertexto] => Rachel Jardim e a herança dos mortos: um bordado a retomar, por Chico Lopes

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28 de junho de 2005

Chico: 'A idiotice nos rodeia'

Na Espanha para lançar seu livro Budapeste, Chico Buarque disse ao jornal catalão La Vanguardia que vivemos, nas últimas duas décadas, um "movimento de idiotice globalizada". Mas no Brasil, de 15 anos para cá, essa idiotice vem crescendo perigosamente, na opinião dele, que afirma não gostar de ser considerado um ícone da música brasileira, que se aterroriza ao ser chamado de "monstro sagrado" e acha ridículo que, em sua idade, esteja na lista dos homens mais sexy do Brasil. "A idiotice nos rodeia. Eu mesmo tenho medo de virar um idiota", diz. Contaminar-se desta idiotice faria que tudo fosse mais fácil, que nada mais lhe surpreendesse e que, inclusive, pudesse viver de dar entrevistas sem escrever livros: "Eu digo que vou escrever um novo livro e passo dois anos dando entrevistas. Depois falo do livro que não saiu e assim passa a vida. Hoje é possível viver de feira literária em feira literária. Há festivais a cada semana em alguma parte do mundo. Agora me consideram escritor e posso viver como turista literário." >> Leia mais

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Doações de livros

A Representação Regional do Ministério da Cultura, em São Paulo, recebeu cerca de 1.200.000 livros infanto-juvenis, nos meses de maio e junho. Esses exemplares foram doados por autores, editoras e livrarias que não conseguiram vender seus estoques. A direção da Representação do MinC resolveu doar estes livros para ONG's, escolas, associações, creches e diversas entidades sociais de São Paulo. Fizeram um levantamento sobre o trabalho de cada uma e a quantidade de crianças atendidas. Foram enviados cinco títulos para serem entregues a cada criança, para ela levar para casa. Algumas instituições informaram que as crianças chegam a dormir com os livros. >> Leia mais

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27 de junho de 2005

O Orientalismo hoje

As teses de Edward Said sobre o orientalismo se tornaram clássicas, com as ambigüidades dessa projeção: são consolidadas, legitimadas, difundidas, mas ao mesmo tempo são domesticadas, tem seu poder subversivo neutralizado e passam a repousar tranqüilamente nas bibliografias e nas bibliotecas.

O Orientalismo hoje, por Emir Sader.

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26 de junho de 2005

Um tempo mítico

Escrevendo segundo os princípios de um “realismo anímico”, derivação do “realismo mágico”, o moçambicano Mia Couto é hoje um dos maiores autores da língua portuguesa. Sua produção difere da dos latino-americanos por retratar um tempo único, sem a divisão entre mortos e vivos. A manifestação do sobrenatural não se dá como epifania, quebra de uma lógica, fazendo parte de uma tradição cíclica e mítica do tempo.

É essa a natureza de seu romance O Último Vôo do Flamingo, que se passa na vila de Tizangara, nos primeiros anos de pós-guerra, quando os ex-revolucionários, depois de expulsar os colonizadores, tornaram-se os novos algozes do povo. Nessa comunidade, dependente da ajuda internacional para financiar o fim das minas, ocorrem estranhas mortes – os soldados das Nações Unidas explodem, restando deles apenas o apêndice sexual, “avultado e avulso”. O esclarecimento desse mistério é o fio condutor da narrativa.

[hipertexto] => Um tempo mítico, por Miguel Sanches Neto

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As "Páginas de Terra" de Mia Couto

Ocorre que estou entusiasmado, melhor, encantado, com um livro intitulado "Terra Sonâmbula" e escrito pelo autor moçambicano Mia Couto, pseudônimo de António Emílio Leite Couto. Encantado porque desconheço os segredos de se escrever como um ourives, eu, que na literatura uso do machado - de lenha mesmo, não do Assis. "Terra Sonâmbula" é assim, uma peça de ourivesaria, cada frase cuidadosamente lapidada e encaixada pelo humanismo deste escritor cuja obra há muito me indicavam, mas que só agora meus olhos resolveram conhecer. Neste romance desfia-se a prosa de um poeta de rara sensibilidade, desde a primeira página o percebemos. Em entrevista que concedeu há algum tempo, ele mesmo o disse: "nunca abandonei a poesia. Não se deixa a poesia se se é realmente poeta. Escrevo em prosa mas por via da poesia". De fato, em "Terra Sonâmbula" a prosa é o veio por onde corre o lirismo de um escritor cujos olhos recaem sobre seu povo e sua história. A história de uma terra estuprada pelo colonialismo português e de um Moçambique destruído pela guerra, onde "os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte", como escreve já no primeiro parágrafo deste seu livro.

[hipertexto] => As "Páginas de Terra" de Mia Couto, por Viegas Fernandes da Costa

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+ literatura

Sobrevivente do Holocausto, o húngaro Imre Kertész, Nobel de Literatura de 2002, fala de sua relação com a Alemanha, com a literatura do Leste Europeu e do paradoxo que é escrever sobre campos de concentração

Imre Kertész (pronuncia-se "quêr-tésh", sobrenome que quer dizer "jardineiro", em húngaro) nasceu em 1929, em Budapeste, em uma família judia. Em 1944, aos 15 anos, foi deportado a Auschwitz e posteriormente a Buchenwald. Em 1945, tornou-se jornalista na Hungria comunista e depois, a partir dos anos 50, se dedicou à literatura e à tradução. Escritor das sombras, precisava se refugiar para escrever nos "expressos", os pequenos cafés esfumaçados de Budapeste. Em 2002, tornou-se o primeiro escritor húngaro a receber o Nobel de Literatura.

Kertész fala do paradoxo que é fazer literatura sobre o Holocausto -"é impossível escrever sem ferir", ao mesmo tempo em que o romance tem "de fazer com que o leitor deseje virar a página"- e, ao tratar de suas influências, diz ter aprendido distanciamento e indiferença com Albert Camus, e realismo com Kafka.

No princípio era o mal >> + literatura

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A bruxa está solta (resumo da ópera.)

E está mesmo... De repente, como um tsunami, o escândalo do "mensalão" abalou os partidos do governo e deixou debatendo-se, nas águas revoltas, "representantes do povo".
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O deputado Roberto Jefferson não é flor que se cheire, mas o que ele disse faz sentido, tem pé e cabeça. Admitindo-se como verdadeira a acusação de que o PT ofereceu aos partidos aliados dinheiro em vez de cargos e que o PTB não aceitou a proposta, preferindo cargos em vez de dinheiro, faz sentido essa atitude petebista. E faz precisamente porque não foi tomada por razões éticas, mas, sim, como deixou claro Jefferson, por esperteza. Ele alegara que, se o PTB aceitasse dinheiro, ficaria nas mãos do governo. A opção esperta e vantajosa seria reivindicar cargos porque, além de não comprometer o partido, renderia grana, o que parece verdade, uma vez que o "mensalão" era pago com dinheiro vindo das empresas do governo através dos contratos de propaganda.
...
Percebendo o que lhe preparavam, Jefferson foi a Lula, não para contar-lhe o que ele já sabia, mas para avisá-lo de que o sabia também. Lula, alarmado, mais que depressa mandou suspender o "mensalão", deixando os "filhotes" de biquinho aberto, piando, à espera da grana que parara de vir. Mas bom cabrito não pia por muito tempo, e assim o baixo clero decidiu agir, elegendo Severino no lugar do petista Greenhalgh. E Severino logo começou a reivindicar os cargos que jorram dinheiro. Tudo dentro da lógica do "mensalão". A verdade é que, desde que fecharam a torneira da grana, o governo perdeu o controle da Câmara dos Deputados. Faz sentido ou não faz?

A bruxa está solta (Ferreira Gullar - FSP 26/06/2005)

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LA SETTIMANA DELLA CULTURA AFRO-LATINO AMERICANA

Mariana Brasil - il 07 luglio 2005 ore 20

Presenta "Il manoscritto di Sonia".

La genese di "11 miniti di Paulo Coelho".

LA SETTIMANA DELLA CULTURA AFRO-LATINO AMERICANA

4/8 LUGLIO 2005 ROMA, PALAZZO MEDICI CLARELLI (via Giulia 79)

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Lançamento

as editoras medusa, perspectiva, 7letras e a livraria dario vellozo convidam para o lançamento de figuras metálicas (poesia, ed perspectiva) de claudio Daniel, distância (poesia, ed 7letras) de virna Teixeira, nós da província: diálogo com o carbono (contos, ed 7letras) de carlos machado e revista oroboro 4 (poesia e artes plásticas, ed medusa)

1º de julho (sexta-feira) às 18h30min

livraria dario vellozo rua são francisco 325 - largo da ordem - tel 3321 3379 - curitiba - paraná

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