O livro resiste
ELIO GASPARI , há alguns anos, escreveu que duas coisas jamais desapareceriam: o livro e o jornal. Eles venceriam todas as tecnologias de informação e com elas disputariam o seu espaço. Li, ontem, em Clóvis Rossi, que a crise dos jornais fez parte da agenda do Fórum Econômico de Davos, com a conclusão de que ainda não é hora do suicídio. Eterna vida.
Com o livro nesta cesta, creio que nenhum dos dois sumirá do mapa. O aquecimento global pode levantar o nível dos mares, e a água invadirá as cidades, mas salvaremos os livros, se não pudermos salvar os prédios das bibliotecas.
É que o livro e o jornal são tecnologias avançadíssimas. A história só existe a partir do livro. Sem Homero, cego, descrever a Guerra de Tróia, nada saberíamos sobre a Antigüidade. Relembro que graças a "Ilíada" Schliemann descobriu Tróia.
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O livro tem sido muito perseguido. Queimaram-se livros por religião, por ideologia, por preconceito. Queimam-se bibliotecas para acabá-lo como propulsor de idéias. Não foi só a biblioteca de Alexandria; mas a Corvina, fundada pelo rei Matias Corvino em 1476, na Hungria, a Fatímida, no Egito, com mais de cem mil livros, e milhares e milhares delas. Livros isolados, não sei quantos: bilhões.
Mas ele resiste e resistirá, com o jornal, que é como seu derivado. (José Sarney, ex-Presidente, na FSP)
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VerdesTrigos @ 1/26/2007 01:55:00 PM | | | Voltar