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Adão Ventura e Anízio Vianna no “Terças Poéticas”

por José Aloise Bahia *
publicado em 16/07/2005.


celso renato de lima

sem título, celso renato de lima, brasil, 1977


A terceira edição do projeto Terças Poéticas, parceria da Fundação Clóvis Salgado e o Suplemento Literário de Minas Gerais, será realizado na próxima terça-feira, dia 19 de julho de 2005, às 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes. O projeto tem a curadoria do editor e poeta belo-horizontino Wilmar Silva, autor, entre outros, de Cachaprego (anomelivros, 2004), e organizador da antologia O Achamento de Portugal (anomelivros, 2005), que reúne 40 poetas mineiros e portugueses contemporâneos. Terças Poéticas é uma intersecção para o campo sonoro, através da presença de criadores que exploram o corpo como espaço físico para ambientes de leitura, observa Wilmar Silva.

Voz: Corpo: Performances: Convidados: Homenagem:

O poeta mineiro Anízio Vianna, graduado em língua espanhola pela UFMG, ganhador do prêmio literário Cidade de Belo Horizonte de 1996 com o livro Dublê de Anjo (Mazza Edições), é o típico poeta que busca através de recursos sonoros conceber uma escrita com vistas ao coloquial. Usa a própria voz como meio de aproximar o leitor da literatura. Publicou Itinerário do Amor Urbano(1998), e foi incluído na recente antologia O Achamento de Portugal, livro que está sendo distribuído aos paises de língua portuguesa pelos Institutos Camões e a Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, Portugal. Anízio Vianna, atualmente, traduz o escritor chileno Enrique Lihn.

Anízio Vianna apresentará fragmentos da série Desalarmes, poemas que versam sobre a paz em diferentes ângulos. A paz no mundo. A paz na cidade. A paz na vida. A paz no amor. A paz no sexo. Acompanhado por uma base eletrônica, guitarras e percussões, o poeta quer mostrar que a poesia e a música se realizam para ler com os ouvidos e ouvir com os olhos.

Adão Ventura, falecido no ano passado, é um caso atípico na poesia contemporânea brasileira. Negro como o simbolista Cruz e Sousa, o poeta que nasceu em Santo Antônio do Itambé, Minas Gerais, trabalhou na década de 1980 no Suplemento Literário, época em que lançou o clássico A Cor da Pele, onde o poeta se renova ao praticar uma escritura que nasce na simbiose da história do Brasil. Depois de sua estréia com Abrir-se um Abutre ou Mesmo Depois de Deduzir Dele o Azul, 1970, e As Musculaturas do Arco do Triunfo, 1976, Ventura abandona a vertente surreal e apresenta uma poética de ascendência humana e radical: quando a sua experiência de sujeito no mundo o coloca frente a frente com os navios negreiros como materiais de uma poesia aberta. Original como o sangue mestiço dos brasileiros. Como nos versos para um negro/ a cor da pele/ éuma faca/ que atinge/ muito mais em cheio/ o coração.

Para Ferreira Gullar, A poesia de Adão Ventura não é uma poesia poética, de quem deseja mostrar o lado encantador do real, é poesia-denúncia, de quem já não tolera a mentira e a farsa. E essa revolta é tão verdadeira que chega a alterar a matéria de sua linguagem.

Poeta Serrano como Ventura gostava de ser chamado , publicou em 1980 Jequitinhonha Poemas do Vale, em 2002 Litanias de Cão. E em 1992, Texturaafro, que será apresentado em performance por alunos da Escola de Teatro do Palácio das Artes.

Sobre o Autor

José Aloise Bahia: José Aloise Bahia nasceu em nove de junho de 1961, na cidade de Bambuí, região do Alto São Francisco, Estado de Minas Gerais. Reside em Belo Horizonte. Tem ensaios, críticas, artigos, crônicas, resenhas e poesias publicadas em diversos jornais, revistas e sites de literatura, arte e imprensa na internet. Pesquisador no campo da comunicação social e interfaces com a literatura, política, estética, imagem e cultura de massa. Estudioso em História das Artes e colecionador de artes plásticas. Sócio fundador e diretor de jornalismo cultural da ALIPOL (Associação Internacional de Literatura de Língua Portuguesa e Outras Linguagens) Estudou economia (UFMG). Graduado em comunicação social e pós-graduado em jornalismo contemporâneo (UNI-BH). Autor de "Pavios Curtos" (poesia, anomelivros, 2004). Participa da antologia poética "O Achamento de Portugal" (anomelivros, 2005), que reúne 40 poetas mineiros e portugueses contemporâneos.


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