Crônicas,contos e outros textos

PÁGINA PRINCIPAL LISTA DE TEXTOS Henrique Chagas


COMPARTILHAR FAVORITOS ver profile do autor fazer comentário Recomende para um amigo Assinar RSS salvar item em delicious relacionar no technorati participe de nossa comunidade no orkut galeria relacionar link VerdesTrigos no YouTube fazer uma busca no VerdesTrigos Imprimir

São Miguel das Missões Verdes Trigos em São Miguel das Missões/RS - Uma viagem cultural

VerdesTrigos está hospedado no Rede2

Leia mais

 




 

Link para VerdesTrigos

Se acha este sítio útil, linka-o no seu blog ou site.

Anuncie no VerdesTrigos

Anuncie seu livro, sua editora, sua arte ou seu blog no VerdesTrigos. Saiba como aqui

Caso Serra Pelada

por Henrique Chagas *
publicado em 15/05/2005.

A democracia, tão cantada em verso e prosa, salve e salve, realiza-se através do exercício da cidadania e da existência de segurança jurídica, que não é outra coisa senão o asseguramento das garantias constitucionais do cidadão. No exercício do direito à prestação jurisdicional justa está o necessário e óbvio fundamento da sentença e que esta seja perpetuada sem fraudes ou golpes (processuais ou não) para que tenhamos a dita segurança jurídica. De outra forma, democracia e segurança não passam de velhos clichês que servem apenas para justificar o arbítrio da autoridade do Estado (da imutabilidade do trânsito em julgado). Chega de fraseado bonito, torna-se imperativo combater a injustiça, em especial a hipocrisia a ela inerente.

Neste contexto, Deocleciano Batista nos conforta com a descrição do Caso Serra Pelada, uma aula prática sobre "Coisa Julgada Inconstitucional" e especialmente sobre o exercício da democracia, do asseguramento das garantias constitucionais, do combate à fraude e ao golpe processual, que, evidentemente não são imutáveis, mesmo que transvestidos pelo instituto da coisa julgada. É o testemunho do advogado combativo, independente e senhor da sua consciência, um exemplo aos novos e velhos advogados. A leitura do livro do Deocleciano, além de prazerosa, revigora nosso juramento pela Justiça e aumenta a nossa fé na justiça justa como conceituada por Aristóteles. Ela existe, ensina Deocleciano, basta buscá-la em primeiro lugar.

RELEASE

O senso comum nas ordens jurídicas de filiação romano-germânica tem a coisa julgada como instrumento de política legislativa indispensável para o esforço estatal de pacificação social. A estabilidade jurídica dela decorrente parece contribuir em muito para propósitos como os de frustar a tendência humana de eternizar o litígio e melhorar as condições de administração da justiça.

O senso comum nas ordens jurídicas de filiação romano-germânica tem a coisa julgada como instrumento de política legislativa indispensável para o esforço estatal de pacificação social. A estabilidade jurídica dela decorrente parece contribuir em muito para propósitos como os de frustar a tendência humana de eternizar o litígio e melhorar as condições de administração da justiça.

No Brasil, devido à má percepção de regra de direito intertemporal acolhida desde o constitucionalismo imperial, a autoridade do caso passado em julgado assumiu contornos de dogma e tem sido contraposta com vantagem a bens jurídicos de igual ou superior relevância e mesmo ao princípio da supremacia da Constituição. As dificuldades práticas que daí resultam, como as tensões entre direitos fundamentais, ganham contornos nada desprezíveis. Tome-se, em termos de proteção última, a ponderação a ser estabelecida entre os direitos de propriedade e à vida (CR, art. 5º, caput, e incisos III c/c XXXVI).

Algumas das respostas para essas e outras questões poderão ser conhecidas na leitura desse livro. Nele são enfrentadas perplexidades como a gerada pela prevalência de um instituto processual de hierarquia normativa infraconstitucional sobre o conjunto de valores superiores da ordem jurídica. Também são postas questões e respostas pertinentes à colmação do direito legislativo brasileiro com a introdução formal da querela nullitatis insanabilis, que continua a ser vista pela jurisprudência qualificada como o meio processual mais hábil para a impugnação perpétua da coisa julgada inválida.

O proveito maior da leitura está reservado para quem participa da experiência jurídica e testemunha periodicamente a ilógica e irracional prevalência da coisa julgada resultante de título judicial aparente, inconstitucional ou nulo de pleno direito.

Sobre o Autor:
DEOCLECIANO BATISTA

Formado em Direito pela UDF, 1984. Pós-graduado (lato sensu), em Direito Processual Civil, pelo ICAT/UDF. Pós-graduado (lato sensu), em Metodologia do Ensino Jurídico, UNICEUB. Mestrado (pós-graduação scricto sensu), em Direito Público, pela UFPE. Advogado há quase 20 anos da Caixa Econômica Federal. Professor titular de Direito Constitucional e Teoria Geral do Estado -UNICEUB.

Para adquirir o livro "COISA JULGADA INCONSTITUCIONAL e a Prática Jurídica", de Deocleciano Batista, clique na imagem da capa do livro ou clique aqui.

---------

Sobre o Autor

Henrique Chagas: Henrique Chagas, 49, nasceu em Cruzália/SP, reside em Presidente Prudente, onde exerce a advocacia e participa de inúmeros eventos literários, especialmente no sentido de divulgar a nossa cultura brasileira. Ingressou na Caixa Econômica Federal em 1984. Estudou Filosofia, Psicologia e Direito, com pós-graduação em Direito Civil e Processo Civil e com MBA em Direito Empresarial pela FGV. Como advogado é procurador concursado da CAIXA desde 1992, onde exerce a função de Coordenador Jurídico Regional em Presidente Prudente (desde 1996). Habilitado pela Universidade Corporativa Caixa como Palestrante desde 2007 e ministra palestras na área temática Responsabilidade Sócio Empresarial, entre outras.

É professor de Filosofia no Seminário Diocesano de Presidente Prudente/SP, onde leciona o módulo de Formação da Consciência Crítica; e foi professor universitário de Direito Internacional Público e Privado de 1998 a 2002 na Faculdade de Direito da UNOESTE, Presidente Prudente/SP. No setor educacional, foi professor e diretor de escola de ensino de 1º e 2º graus de 1980 a 1984.

Além das suas atividades profissionais ligadas ao direito, Henrique Chagas é escritor e pratica jornalismo cultural no portal cultural VerdesTrigos (www.verdestrigos.org), do qual é o criador intelectual e mantenedor desde 1998. É jurado de vários prêmios nacionais e internacionais de literatura, entre eles o Prêmio Portugal Telecom de Literatura.

No BLOG Verdes Trigos, Henrique anota as principais novidades editoriais, literárias e culturais, praticando verdadeiro jornalismo cultural. Totalmente atualizado: 7 dias por semana.

< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>

LEIA MAIS


Decifra-me que serae tamem, por Carol Westphalen.

Como um saco de risadas no cotidiano, por Rubens Shirassu Júnior.

Últimos post´s no Blog Verdes Trigos


Busca no VerdesTrigos