Crônicas,contos e outros textos

PÁGINA PRINCIPAL LISTA DE TEXTOS Paschoal Motta


COMPARTILHAR FAVORITOS ver profile do autor fazer comentário Recomende para um amigo Assinar RSS salvar item em delicious relacionar no technorati participe de nossa comunidade no orkut galeria relacionar link VerdesTrigos no YouTube fazer uma busca no VerdesTrigos Imprimir

São Miguel das Missões Verdes Trigos em São Miguel das Missões/RS - Uma viagem cultural

VerdesTrigos está hospedado no Rede2

Leia mais

 




 

Link para VerdesTrigos

Se acha este sítio útil, linka-o no seu blog ou site.

Anuncie no VerdesTrigos

Anuncie seu livro, sua editora, sua arte ou seu blog no VerdesTrigos. Saiba como aqui

POEMA NECESSÁRIO / 13

por Paschoal Motta *
publicado em 30/08/2004.

S O N E T O
Luís Vaz de Camões

Busque Amor novas artes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
pois mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Pois não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n’alma me tem posto
um não sei que, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porque.

LVC, 1524-1580. De sua infância pouco se sabe. Sabe-se que adquiriu firme erudição em Coimbra. Sua formação humanística se completou com leitura e estudo das obras de Homero, Virgílio, Horácio, Virgílio, Petrarca e outros clássicos. Além do poema Os Lusíadas, em que, “com engenho e arte”, transfigura as dificuldades sem conta que seus patrícios enfrentaram “por mares e nunca dantes navegados” e terras desconhecidas até então, se equipara aos grandes épicos da Antiguidade e de seu tempo.

De vida atribulada, Camões conseguiu escrever seu famoso poema que contém 10 cantos e 1.102 estrofes em oitavas rimas em versos decassílabos heróicos. O assunto central é a descoberta do caminho para as Índias, via Ocidente, pelo navegador Vasco da Gama.

Vale lembrar afirmação de Ottaviano de Fiore, com referência a poemas de Carlos Drummond de Andrade: “Alguns de seus poemas perderão a atualidade, mas alguns, como os de Camões, Antero, Fernando Pessoa e Manuel Bandeira, serão para sempre incorporados a nossa língua.” (Cultura Hoje / Minc, 129, 2002)

A criação poética lírica camoniana é de inegável sensibilidade, perfeição formal e no aproveitamento de potencialidades da Língua Portuguesa. Seus poemas continuam vivos, séculos afora, e são de domínio universal.

Camões é o codificador da Língua Portuguesa. Na transição do final da Idade Média para a Era Moderna, a “última flor do Lácio” adquiriu, com o autor de Os Lusíadas, pureza, plasticidade, beleza, dignidade e presença singular entre suas coirmãs filhas do Latim. (Paschoal Motta)

Sobre o Autor

Paschoal Motta: Paschoal Motta é professor, jornalista, editor, escritor de ficção e poesia.

< ÚLTIMA PUBLICAÇÃO | TODAS | PRÓXIMA>

LEIA MAIS


"Corações Blues e Serpentinas": uma caixa de relíquias de Lima Trindade, por Darcy Ladeira Dias.

Dúvidas? Leia as respostas, por Rodrigo Capella.

Últimos post´s no Blog Verdes Trigos


Busca no VerdesTrigos