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Sopros de vida

por Terezinha Pereira *
publicado em 04/03/2008.

Consta em seu registro de nascimento, que foi no dia 15 de dezembro de 1907, no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, que o grande homem recebeu o primeiro sopro da vida. Como toda criança ao nascer, logo deu seu primeiro choro, o primeiro sopro. Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares precisava do ar para ter a vida.

Hoje, não se importa com o inevitável momento em que dará o último sopro _ e nessa hora, outros serão os que se abrirão em choros. Entende que é vida é um minuto. Deve ser por isso que fugiu de arestas. Nada de quinas, de esquinas, de pontiagudos, nem mesmo de gente de temperamento complicado.

De menino, com o dedo, desenhava formas de nuvens no ar. Percebeu logo a liberdade que lhe dava os espaços da linha curva. Daí, tirou simplicidade, beleza, arte e idéias. Riscou curvas cilíndricas, de cone, entradas, saídas, coberturas e contornos sinuosos e até mesmo, espaços ondulantes, extensos.

No entanto, diante dos risos e choros da vida, preferiu não se curvar. Frente à imprevisibilidade da vida, chora e ri, que a vida é rir e chorar. Faz caso de estar dentro da realidade. Cuida-se de ser um ser de utilidade, solidário. Questiona que, diante da vida, todos estão num mesmo barco e que o espaço entre o primeiro e o último sopro é muito curto. Deve ser por isso que diz “estar livre para construir hoje o passado de amanhã”.

É conhecido, no mundo inteiro, pela ousadia que teve de se aproveitar da novidade do concreto armado para fazer executar grandiosidades; monumentos arquitetados com seus riscos singelos, que mudam de direção com suavidade, porém com audácia, como o curso dos rios, as nuvens do céu, as ondas do mar, a silhueta das montanhas de sua terra e até mesmo como o contorno do corpo da mulher preferida. Riscos que fazem brotar do chão verdadeiras esculturas, as quais despertam nas pessoas momentos de prazer, de espanto, de surpresa, quer sejam essas poderosas ou não, entendedoras de arte ou não.
Diz que a natureza lhe foi generosa, permitindo-lhe saúde.

Ou teria sido ele mesmo, que teria se aproveitado da genialidade que lhe foi dada pela generosa natureza para, até hoje, fazer de seu trabalho, de suas idéias de igualdade social, do seu jeito de aceitar as pessoas do jeito que elas são, com seus defeitos e qualidades, como o sopro da própria vida?

( Para Oscar Niemeyer, arquiteto brasileiro e um dos nomes mais importantes da moderna arquitetura mundial, que ficou em nono lugar num resultado de uma pesquisa computada por uma empresa de consultoria global , “Synectics”, que apontou os “100 maiores gênios vivos do mundo atual”. Gênio que, aos 100 anos de vida, ainda trabalha todos os dias no seu escritório de arquitetura em Copacabana, no Rio de Janeiro e recebe as pessoas com a simplicidade de um homem comum, como se essas pessoas fossem as mais importantes.)

Sobre o Autor

Terezinha Pereira: Terezinha Pereira é romancista, contista, cronista, graduada em Letras, membro da Academia de Letras de Pará de Minas

Publicações:
_ "Em confidência", romance publicado pela Mazza Editora, Belo Horizonte, 2000, premiado em concursos literários realizados no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais;
_ "Uma pianista numa noite branca..." , Caderno Literário de contos, 2004, pela Academia de Letras de Pará de Minas em parceria com o Jornal Diário;
_ Contos, na "Revista da Academia Mineira de Letras" (4 revistas);
_ Artigo, projeto de estudo do livro "Dom Quixote" para alunos de 8ª série do Ensino Fundamental, publicado na revista "Presença Pedagógica", de setembro/2005;
_ JB Online, Café Literário: Colunista da Semana, 23 a 29/11/2005.

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