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A Modernidade e a Gramática

por André Carlos Salzano Masini *
publicado em 08/10/2003.

"Se desta frase conseguiria palavras, que estivessem alguém as será fora de lugar entendê-las?"


Antes que o leitor pense que este articulista ficou definitivamente louco, permita-me adiantar que a "frase" acima realmente não faz sentido algum; ela aliás não é sequer uma frase, é apenas um amontoado de palavras.

Se, porém, colocarmos as mesmas palavras em uma ordem lógica, obteremos:

"Se as palavras desta frase estivessem fora de lugar, será que alguém conseguiria entendê-las?"

Sabem qual é a diferença entre a primeira frase e a segunda? Apenas a gramática, ou, mais especificamente, a sintaxe.

Através dessa experiência, podemos perceber como a gramática é importante, e o quanto absurda é a afirmação (muito em moda atualmente) de que ela seja algo ultrapassado, algo que não precisa mais ser ensinado nas escolas...

A gramática não é (como querem alguns) uma série de regras inúteis e gratuitas, criadas dentro de alguma academia mofenta, por algum velho chato sem coisa melhor para fazer na vida. Gramática não é burocracia. Gramática é, pura e simplesmente, a alma viva (e lógica) da língua, que foi desenvolvida naturalmente através dos milênios. É a estrutura subjacente a tudo que é dito ou escrito, a lógica essencial para que as palavras em conjunto possam expressar um sentido.

Quando um traficante diz para outro:

– Ô Magrão, eu já levei o pó lá pro Barriga.

Ele está fazendo uso da sintaxe (como todos nós sempre fazemos). É unicamente através da sintaxe que o tal "Magrão" compreende que (1) a frase é dirigida a ele; (2) que o objeto de que se fala é "o pó"; e (3) que a pessoa a quem o "pó" foi levado é "o Barriga".

Se o primeiro traficante tivesse resolvido inventar sua própria sintaxe:

– Magrão, eu, Barriga, o pó, ô, levei lá pro.

"Magrão" não teria entendido nada.

Essa lógica essencial da língua, a sintaxe, vem evoluindo não apenas há milhares de anos, junto com a civilização humana, mas há muito mais tempo, junto com a genética de nossa espécie, pois – como demonstrou o lingüista estadunidense Noam Chomsky – parte de nossa compreensão da sintaxe é inata: já está impressa em nossos cérebros quando nascemos.

É verdade que a língua é viva e está em constante transformação; mas tal transformação ocorre a partir da herança milenar da língua, não a partir do desprezo à mesma; e tal transformação ocorre espontaneamente, não precisa de nenhuma "ajuda" de nenhum teórico.

Por isso o estudo da gramática não se contrapõe à língua viva. Abolir aquele em nome desta é o mesmo que serrar as raízes de uma árvore para "libertá-la". A árvore simplesmente cairá e morrerá, e é isso que estão fazendo com a língua portuguesa.

A língua viva não tem dono: nem os teóricos da moda que querem "libertá-la", nem nenhum gramatiqueiro presunçoso que pretenda criar regras e rigores artificiais. Mas a língua viva tem sim raízes, e são estas que lhe sustentam a vida.

É verdade, porém, que existem problemas paralelos. Pois a língua, como tantas coisas neste mundo, pode ser usada como instrumento de discriminação. Por isso alguém teve a idéia: "se todos os modos de falar fossem considerados equivalentes e igualmente corretos, a discriminação através da língua acabaria".

Mas a discriminação não brota da busca por uma forma mais precisa de expressão. Ela brota do sectarismo e do narcisismo humanos. Estes sim são repulsivos, não a língua. Se nivelarmos a língua, outros instrumentos de discriminação serão criados no instante seguinte, como marcas de tênis ou outra coisa qualquer...

Será então que, em nome de um suposto combate à discriminação, vale a pena degradarmos nossa língua – instrumento preciso, criativo e realizador, fonte de todo raciocínio e, por isso, fonte de libertação humana – para algo tosco e ineficiente?

O professor "moderno", que ao invés de análise sintática ensina "interpretação de texto" está fazendo, inconscientemente, o papel de um charlatão. Pois ele finge que seus alunos estão realizando grandes feitos, analisando profundas filosofias, mas na verdade os está condenando à eterna incapacidade de se expressarem com eficiência. (Eu mesmo, se tivesse sido vítima desse tipo de indulgência, não sei o que teria sido de mim. Pois se na escola eu acreditasse ter tamanho domínio da língua que não precisasse mais estudá-la e pudesse desperdiçar minhas aulas de português na leitura de sociologias e filosofias, eu certamente não teria tido o estímulo de que precisei para estudar nossa língua e não teria feito o enorme esforço de que precisei, e ainda preciso, para superar minhas dificuldades com ela.)

Na semana que vem nós veremos os resultados práticos desse "ensino moderno": jornalistas importantes que escrevem uma língua bizarra, cometendo erros que nenhum analfabeto jamais cometeria.

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Sobre o Autor

André Carlos Salzano Masini: André C S Masini nasceu em São Paulo, em 1960. Aos 17 anos escreveu sua primeira história de ficção científica, "Os montes além do deserto", que existe até hoje em manuscrito. Cursou Geologia na USP, e formou-se em 1983.

Hoje tem dois livros publicados: a ficção científica "Humanos" e o livro de traduções e estudos “Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa”, além disso tem uma coluna semanal no Jornal "O Paraná", e é diretor de um centro cultural virtual, a www.casadacultura.org, que divulga seus trabalhos e tem milhares de assinantes em todo o Brasil.

contato: andre@casadacultura.org

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